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Suspeito de ter recebido propina da Odebrecht, governador peruano é preso

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Um juiz do Peru decretou no sábado (8) a prisão preventiva, por 18 meses, do governador da região de Callao, Félix Moreno, por supostamente ter recebido propina da construtora Odebrecht, em troca de adjudicação da construção de uma rodovia.



Após uma audiência que durou dez horas, o juiz Ricardo Manrique, chefe do Terceiro Tribunal de Escola Nacional de Investigação, aceitou o pedido de prisão solicitado pela Procuradoria, que acusa Moreno de diversos crimes como lavagem de dinheiro e tráfico de influência.

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O juiz considerou que existem provas sérias e bem fundamentadas que incriminam Moreno.


O advogado de Félix Moreno, Jose Castillo, recorreu da decisao judicial, mas por enquanto, o governador de Callao foi preso pela Polícia Nacional do Peru (PNP) e nas próximas horas o Instituto Nacional Penitenciário (INPE) determinará onde ele vai cumprir a pena.


De acordo com o procurador anticorrupção Hamilton Castro, encarregado de investigar o caso Odebrecht no Peru, a construtora pagou propina de US$ 4 milhões para ganhar a licitação da Costa del Callao, uma autoestrada que corre ao longo da costa da cidade para se conectar com uma semelhante existente dentro da jurisdição de Lima.


A maior parte do pagamento ilegal da construtora brasileira (60%) foi para Moreno, enquanto os 40% restantes foram para o empresário israelense Gil Shavit, que decidiu colaborar com as investigações depois de ser preso no último domingo (2) no aeroporto Jorge Chávez, em Callao.


O procurador apresentou como prova um documento do Escritório de Operações Estruturadas da Odebrecht, responsável pelo pagamento de subornos na empresa, no qual estão creditados dois pagamentos para a Costa Verde del Callao.


Castro afirma que Moreno usou o dinheiro para pagar o publicitário brasileiro Luis Favre para assessorá-lo naquele ano, em sua campanha eleitoral na qual ele foi reeleito governador regional; o que, na opinião do procurador, configura como lavagem de dinheiro.


Durante sua defesa, Moreno negou ter recebido propina da Odebrecht e deixou claro sua vontade de cooperar com as investigações, na tentativa de convencer o juiz a decretar sua prisão.


“Eu não me escondo. Se eu tiver cometido um crime, eu vou ter que enfrentá-lo, mas não me beneficiei. Tampouco posso sair ou desaparecer porque me tiraram os passaportes e todo mundo sabe que vivo em Callao”, disse Moreno.


No Peru, as investigações do caso Odebrecht se concentram em descobrir o rastro dos US$ 29 milhões que a construtora brasileira pagou a funcionários peruanos entre 2005 e 2014, segundo reconheceu à Justiça dos Estados Unidos.


Esse período inclui as presidências de Alejandro Toledo (2001-2006), alvo de um mandado de prisão por supostamente ter recebido US$ 20 milhões em propinas da Odebrecht; Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).


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