A política “familiar” tem ganhado cada vez mais ênfase quando o assunto é a corrida por votos. Os motivos variam, alguns preferem lançar parentes por acreditar na “transferência” de votos, outros simplesmente para dar sequência ao domínio político e, assim, permanecer usufruindo das vantagens ofertadas pelo bem público e tem ainda aqueles que – devido ao desgaste de imagem ou pelo fato de estarem respondendo por práticas de improbidade administrativa – preferem apresentar um novo nome, porém de dentro do seio familiar, assegurando a manutenção indireta no poder.
No Acre, essa prática cresce cada vez mais comum. Nas últimas disputas eleitorais, alguns “caciques” e até os “novatos” da política têm investido pesado lançando seus filhos (as), irmãos (as), enquanto que outros preferem apostar na esposa como “nova” opção.
Nas eleições municipais, em Rio Branco, o deputado estadual Heitor Junior Macedo (PDT) lançou sua esposa candidata a vereadora e obteve êxito. Elzinha Mendonça ficou entre os mais votados, com 3.878 votos. Tal votação lhe rendeu o segundo lugar entre os mais bem votados.
Nos corredores da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e também por onde passava, Heitor Junior (PDT) fazia questão de afirmar que sua esposa estaria entre os vereadores mais bem votados. O otimismo do parlamentar se concretizou e ao longo da apuração de votos, Elzinha Mendonça liderou a contagem de votos, perdendo apenas na reta final para o peemedebista Roberto Duarte, que foi o mais votado com 3.984 votos.
A experiência exitosa não se repetiu para o colega de partido, o ex-secretário de Habitação e atual deputado estadual, Jamil Asfury (PDT) que também lançou sua esposa, a pastora Sandra Asfury (PDT). Com 2. 355 votos, Sandra Asfury chegou perto, mas não entrou para o parlamento municipal.
