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Mais de um milhão de mudas foram plantadas às margens do rio Acre, mas metade foram destruídas pela enchente de 2015

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A Secretaria Estadual de Meio Ambiente resolveu se pronunciar sobre a reportagem de ac24horas veiculada há uma semana produzida a partir de uma entrevista com o geógrafo e pesquisador Claudemir Mesquita.


Na entrevista, Claudemir diz que “o povo é surdo quando se fala de Rio Acre, nossos filhos vão passar sede” e que até hoje “não se plantou uma árvore sequer para recuperar isso, não se retirou um único esgoto de suas margens”. O alerta do professor que vem sendo feito há anos teve grande repercussão, incomodou o governo e seu corpo de técnicos e pesquisadores da área ambiental.


Ao fazer suas contestações por meio de um longo texto, a pasta de Meio Ambiente do Acre informa que finalizou o Plano Estadual de Recursos Hídricos ainda em 2012, obtendo quatro diretrizes e dez programas efetivos para o estado que tem como finalidade um “planejamento dos usos múltiplos da água, com a definição das prioridades, ações, programas e projetos, visando compatibilizar os usos com a conservação”.

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A Sema informa “o apoio à gestão municipal de bacias hidrográficas, por meio de um planejamento integrado na realização de atividades conjuntas para a gestão dos recursos hídricos nos municípios” e enumera diversos pontos de um plano ambiental que inclui atividades de capacitação, formação, educação e sensibilização, objetivando estabelecer junto a sociedade um pacto para o uso responsável das águas, a modernização e ampliação da rede hidrometeorológica, que realiza o monitoramento dos eventos extremos como secas e cheias, o estabelecimento da rede de monitoramento da qualidade de água, que está sendo realizado com apoio da Agência Nacional de Água – ANA em 17 pontos que foram determinados com vários órgãos federais, estaduais e municipais visando obter dados que representem a qualidade das águas no estado do Acre.


No âmbito deste programa, diz a Sema, “foram implantadas 120 Unidades modelos de recuperação, distribuídas nos 8 municípios da bacia do Rio Acre, cadastro e sensibilização de 480 produtores ribeirinhos que vivem na calha do rio Acre e em suas sub-bacias totalizando 1.200.000 mudas plantadas”.


A Secretaria informa, porém, que “as inundações de 2015 destruíram uma média de 50% das mudas plantadas e muitas unidades foram seriamente prejudicadas”. Mas, apesar disso, o programa continua em andamento.


Segundo Maria Antonia Zabala de Almeida Nobre, Gestora de Políticas Públicas e Coordenadora do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Acre, causa-lhe muita estranheza as declarações de Claudemir Mesquita, que afirmam que absolutamente “nada foi feito”, uma vez que o professor acompanhou e participou ativamente dos plantios de mudas pela recuperação das áreas de APP (Áreas de Proteção Permanente) realizados pela Sema em toda a bacia do Rio Acre, assim como no Igarapé Judia e em diversos municípios e projetos relacionados.


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