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Manda quem pode, obedece quem quer ficar no cargo de confiança

Osmir Lima e Afonso Fernandes, do PSDC baixam a crista, pedem perdão ao governador Sebastião Viana e a Carioca e podem abandonar bloco de partidos nanicos rebeldes da Frente Popular

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A pressão dos partidos nanicos da Frente Popular (FP) no governador Sebastião Viana, não resistiu ao primeiro contra-ataque do chefe do executivo. Depois de liderarem uma rebelião, acusando Viana de querer tomar o poder no PSDC, numa suposta visitado ao diretório nacional dos democratas cristãos em Brasília, o presidente da legenda, Afonso Fernandes e primeiro vice-presidente Osmir Lima, publicaram uma nota nesta sexta-feira (18), desmentindo as revelações que fizeram contra o cardeal petista e tratando a questão como “grave equivoco”.


Apesar de refutar as informações na nota, durante uma entrevista coletiva, Afonso Fernandes reafirmou na presença de vários jornalistas e dirigentes de outras cinco siglas, que o governador teria levado um não, ao pedir intervenção em seu partido. O fato teria provocado uma espécie de “motim da valorização”, onde os partidos nanicos exigiram respeito do alto clero petista. No mesmo evento, eles criaram a Frente Alternativa, com objetivo exigir mais espaço na estrutura do governo do Acre, além de opinar nas decisões da coligação.

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Em resposta ao ímpeto dos nanicos, o presidente do PT, Ermício Sena anunciou a exoneração de Afonso Fernandes, Osmir Lima e Gleison Menezes. Após o anunciou da demissão, Lima e Fernandes, se mobilizaram e procuraram o governador para uma conversa. Sebastião Viana, teria exigido um pedido de retração do deputado Eber Machado, que seguindo orientação dos dirigentes do PSDC usou a tribuna abordar a suposta intervenção. Diante da negativa de Machado, os dirigentes resolveram pedir perdão ao chefe do executivo.


“A Direção Estadual do PSDC vem a público esclarecer que houve um grave equívoco envolvendo, indevidamente, o nome do governador Tião Viana acerca da suposta tentativa de remover a atual direção partidária. Reconhecendo o equívoco, reforçamos que o governador jamais fez qualquer pleito ou movimento nesse sentido. Nessa oportunidade, retiramos toda e qualquer dúvida em relação a honra, a integridade e o compromisso com a democracia do governador Tião Viana”, diz a nota assinada por Osmir Lima e Afonso Fernandes.


Eles acrescentam que “o PSDC se manterá firme na Frente Popular por acreditar que o projeto que tanto bem fez ao Acre pode continuar trabalhando ainda mais sob a liderança de Tião Viana”, sinalizando que os democratas cristãos podem abandonar Frente Alternativa dos nanicos, como uma forma de proteger os cargos que seus dirigentes ocupam na estatura do governo do Acre. O mais prejudicado na revolta frustrada poderá ser o vice-presidente da Aleac, Eber Machado, parlamentar que seguiu o comando de Osmir e Afonso.


Mesmo fechando questão que os seis partidos nanicos entregariam os cargos em bloco, caso algum dirigente nanico sofresse retaliações, diante da exoneração, Osmir Lima e Afonso Fernandes decidiram procurar os cardeais petistas para reverter a situação, já que de acordo com diálogos revelados por um dos dirigentes que participou das reuniões da Frente Alternativa, “tudo não passou de um blefe, ninguém tem interesse de deixar o dinheiro fácil dos cargos políticos”. A fonte de ac24horas revelou ainda que a recepção de Lima e Fernandes não foi das mais amistosas na Casa Rosada, principalmente por parte de Carioca.


“O Osmir detalhou o encontro com a seguinte frase: apesar do ríspido diálogo com o Carioca, o governador pediu que o partido desse uma nota repondo a verdade, pois jurava que nunca foi pedir a nossa destituição. Ele dava a absoluta garantia que, quando ele toma esse tipo de decisão avisava aos dirigentes do partido, como foi o caso do PDT. Saímos de lá para examinar a questão, eu e o Afonso, já que os outros não quiseram ir, e chegamos a seguinte conclusão: uma nota naquele momento era bom para o governo, mas muito melhor para os dirigentes partidários. Ora, se o governo queria a destituição dos dirigentes e só não destituiu por que a direção nacional não permitiu, não teria nenhum sentido continuar num governo que não os queria, e como os dirigentes optaram pela negociação e continuar dentro da Frente Popular, o desmentido nos interessava, pois protegia os dirigentes de serem chamados de cara de pau de fazer parte de um governo que não mais os queria no seu bloco. Como ele desmentia a direção ficou a vontade para continuar ao seu lado”, revela o dirigente partidário.


Para justificar a nota de retratação, o vice-presidente do PSDC, Osmir Lima pediu que os demais integrantes da Frente Alternativa não esquecessem que seu encontro com o governador e com o assessor especial Francisco Nepomuceno, o Carioca, foi deliberado em assembleia de PSDC, PDT, PTN, PPL, PRB e PRP. “O governador nos perguntou: quer dizer que vocês não acreditam na minha palavra? Essa checagem que vocês querem fazer é uma desmoralização da minha palavra. Como a nota nos interessava, conciliamos os interesses do governo com o nosso. O PRB, de Alan Ricky, já fez o seu entendimento. Podemos e queremos dar outras explicações aos companheiros. Ficamos as ordens”.


O acerto dos dirigentes do PSDC com o alto clero petista poderá ter outros desdobramentos. Uma das possibilidades é o fim da Frente Alternativa montada pelos seis partidos para analisar todos os projetos do Pode Executivo e “votar de acordo com a vontade da população”. Outra reinvindicação dos pequenos partidos que poderá ir por água abaixo é a indicação do vice na chapa do prefeito de Rio Branco, Marcus Viana (PT), além do pleito de participar das negociações para formação das chapas majoritárias nos demais municípios. Os nanicos poderão sair desmoralizados da queda de braço com o PT, enquanto o articulista político da FPA, Carioca continua com a moral em alta e mandando mais do que nunca nos destinos da coligação.


 


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