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Ciência revela os 2 principais motivos pelos quais as pessoas traem

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Talvez jamais saibamos exatamente o que levou milhões de homens e mulheres com relacionamentos estáveis a cadastrar-se em um site como oAshleyMadison.com para encontrar amantes, mas de acordo com a ciência, as pessoas que traem estão divididas em duas categorias.


À primeira vista, os motivos para a traição são tão variados como a vida dos adúlteros. 30 milhões de contas cadastradas no Ashley Madison, parece um número bem alto (e algumas dessas contas podem até mesmo ser falsas ou controladas porfalsos “robôs” ), mas cerca de 1 em cada 5 homens e mulheres nos Estados Unidos são infiéis, de acordo com um Estudo publicado em 2011 nos Archives of Sexual Behavior. (Os números variam dependendo da definição de infidelidade. Outras pesquisas têm demonstrado uma grande lacuna entre homens e mulheres, e apontam um número bem maior de homens infiéis).

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Algumas pessoas são infiéis porque o marido ou a esposa está doente, outras desejam mais emoção debaixo dos lençóis; em outros casos elas consideram que o seu(sua) parceiro(a) atual não é capaz de suprir suas necessidades físicas ou emocionais Às vezes, o traidor é alguém narcisista e arrogante, que acha que jamais será surpreendido (a). Outras vezes, o traidor(a) é simplesmente alguém normal.


“A variedade de motivos existentes para a traição é quase igual ao número de pessoas existentes”, disse Pepper Schwartz, professora de sociologia da Universidade de Washington e coautora de Snap Strategies for Couples: 40 Fast Fixes for Everyday Relationship Pitfalls” (Seal Press, 2015).


Mas a maioria das traições pode ser classificada em duas categorias principais.


Tipos de traição


A primeira categoria se aplica às pessoas que estão entediadas e não estão precisamente satisfeitas com sua vida sexual, mesmo que o sexo não seja tão ruim, disse Schwartz.


“Elas já estão em um relacionamento por muito tempo, e agora sentem o desejo de viver a emoção de algo novo”, disse Schwartz para LiveScience. Nem sempre essas pessoas estão procurando ter um caso, muitas vezes elas aproveitam a oportunidade quando encontram alguém atraente em alguma reunião ou conferência, em seu local de trabalho.


Esse é o perfil das pessoas que se cadastrariam no site Ashley Madison. De fato, uma pesquisa apresentada no ano passado, durante a reunião anual da American Sociological Association, revelou que as mulheres casadas que se conectaram à Ashley Madison buscam obter mais paixão romântica e sexo, em suas vidas. De acordo com o principal investigador do estudo, Eric Anderson, da AshleyMadison.com, essas mulheres não estavam satisfeitas com seus maridos, porém, elas não queriam o divórcio.


A outra categoria se aplica às pessoas infelizes em seus relacionamentos.


“Elas não querem deixar tudo para trás por várias razões — filhos, dinheiro, entre outras coisas — mas essas pessoas estão carentes e sofrem em sua busca de apoio emocional”, disse Schwartz. “Então muitos usam o sexo para suprir isso e buscam outro relacionamento.”


Essas duas categorias podem ter diferentes matizes, é claro. Vemos, por exemplo, que existem pessoas presas a casamentos insatisfatórios, enquanto algumas desejam vingar-se do parceiro, outras só querem desfrutar de uma vida sexual mais satisfatória. Convém esclarecer que a pesquisa não indica a vingança como a principal razão para ter um caso, disse Schwartz.


“Pode até ser que sua vida sexual precise ficar um pouco mais apimentada, mas você não deve usar uma vida sexual monótona como desculpa para a traição, nem tampouco dizer que já não ama o parceiro e assim sentir-se livre para ser infiel”.


Alguns casais fazem acordos detalhados, declarando que eles podem fazer sexo com outras pessoas, e até mesmo descrevem o que está permitido fazer e com quem fazer. Outros casais seguem a regra do “não pergunte, não conte” consentindo mutuamente em não querer saber nenhum detalhe sobre as prováveis infidelidades do parceiro(a).


“É um grupo raro, mas não é impossível para os casais chegarem a compreender que não serão totalmente monogâmicos para sempre”, disse Schwartz.

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Chefes de família e infiéis


Segundo Christin Munsch, professora assistente de sociologia da Universidade de Connecticut, Estados Unidos, o dinheiro também pode desempenhar um papel na infidelidade. Quanto mais as pessoas dependam economicamente de seus parceiros, maiores serão suas probabilidades de serem infiéis, especialmente se essas pessoas forem homens.


Esta medida não se dá em termos de renda absoluta, mas baseia-se em quanto ganha um parceiro em relação ao outro.


“Ela sugere que nós não gostamos de ficar no lado perdedor dessa comparação, e assim, buscamos parceiros alternativos”, possivelmente para compensar isso, disse Munsch para LiveScience.


Pesquisas mostram que, embora tanto homens quanto mulheres em uniões heterossexuais traiam o cônjuge provedor, os homens têm uma tendência maior à infidelidade quando suas esposas ganham salários mais elevados do que eles. Como a sociedade ainda enfatiza muito as normas masculinas, — como por exemplo, a de que o papel do homem é prover o sustento para a família — alguns homens se sentem inadequados se eles estiverem ganhando menos dinheiro do que as suas parceiras, disse Munsch. (Falando de inadequação, de acordo com uma pesquisa publicada em 2011 na revista Archives of Sexual Behavior, a ansiedade relacionada ao desempenho sexual pode incrementar as chances de infidelidade. Esse estudo revelou que as probabilidades de enganar o parceiro eram maiores entre homens e mulheres que temiam o fracasso sexual, as porcentagens registradas foram de 6% para as mulheres e 8% para os homens. A propensão à excitação sexual também aumentou a probabilidade de trair).


“Sabemos que há circunstâncias em que a masculinidade é ameaçada ou diminuída, quando elas ocorrem, os homens ficam mais propensos a se envolver em comportamentos ‘hipermasculinos’”, como traição ou sexo, disse ela. “[Essas condutas] também atuam como um castigo para a pessoa que está “ameaçando” você, sua esposa e provedora.”


Os chefes de família do sexo masculino também são mais propensos à infidelidade do que as mulheres que são as provedoras do lar, possivelmente porque eles têm muito mais oportunidade para trair. Por exemplo, as mulheres provedoras provavelmente têm menos tempo para sair e viver uma aventura amorosa, porque elas estão mais ocupadas com as tarefas domésticas e os cuidados com os filhos do que os seus maridos, disse Munsch.


De acordo com uma nova pesquisa feita por Munsch — ainda não publicada — a infidelidade é facilitada pela oportunidade. Homens que trabalham em ambientes profissionais dominados por mulheres são bem mais propensos a trair.


“Homens que atuam em profissões dominadas pela presença feminina estão sempre rodeados de mulheres,” disse ela, por isso, pode ser mais fácil “pular a cerca”, e tratar de restabelecer uma masculinidade que se sente diminuída. Claro que, com um site on-line cujo slogan é: “A vida é curta. Tenha um caso,” a proximidade diária com o sexo oposto pode não ser o fator mais importante.


Você deveria contar?


Será que as pessoas que têm perfis no Ashley Madison deveriam contar isso ao seu parceiro(a)?


“Normalmente, eu diria para não contar”, disse Schwartz. “Você já cometeu um erro que realmente pode ameaçar o seu relacionamento.”


No entanto, se o titular do perfil pensa que o seu cônjuge pode descobrir, é melhor contar a verdade, antes que ela seja descoberta de uma maneira bem mais desagradável, disse ela.


Mas, é claro que cada casal é diferente. Alguns querem saber sobre as infidelidades, já outros preferem não saber os detalhes, disse ela.


“Se você decidir contar tudo, esteja preparado(a) para alguma reação grave, ela ocorre na maioria dos casos,” diz Schwartz. “No entanto, se o relacionamento for forte, eu creio que ambos vão superar o assunto — isso vai ajudar os dois a se conhecerem melhor. Se for um relacionamento frágil, ele pode realmente fracassar; nesse caso é recomendável contar com a ajuda de um bom terapeuta para ver se o seu(sua) parceiro(a) está disposto(a) a falar sobre isso.”


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