Tenho acompanhado de perto os bastidores da política do Acre nesse ano em que não há eleição. Como sempre especulam-se muitos nomes para a disputa das prefeituras que acontecerá em 2016. Mas o que tem me chamado a atenção é o surgimento de novas alternativas, principalmente, nos partidos de oposição. Alguns personagens ainda nem filiados. No entanto, o importante é que estão aparecendo alternativas. Melhor ainda que as novas caras oposicionistas parecem mais preparadas com currículos consistentes. Por exemplo, a ex-reitora da UFAC, Socorro Nery (PSDB), tem formação acadêmica e é um ser pensante. Tem condições de manter um diálogo de alto nível. Outro nome importante é do jovem jurista Sanderson Moura, ainda sem partido, que também pode acrescentar reflexões importantes ao debate político acreano. Vejo ainda o advogado Roberto Duarte (PMDB) que fez um bom papel como candidato ao Senado e, agora, pretende se candidatar a vereador da Capital. Da periferia de Rio Branco surge outro jovem, Francineudo Costa, filiado ao PV, mas que deve migrar para outro partido oposicionista. O rapaz conseguiu com parcos recursos financeiros dois mil votos em 2014, na região da Baixada da Sobral, como candidato a deputado estadual. Tenho certeza quem ganha com as novas caras que estão surgindo são os eleitores acreanos que terão novas opções em 2016.
Novos líderes
Pelo menos dois parlamentares de oposição têm se esforçado para promover a renovação nas fileiras aliadas. O deputado federal Major Rocha (PSDB) e a deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB). Falam na construção de uma nova proposta eleitoral para 2016.
A renovação do PT
É inegável que mesmo com lideranças fortes, o PT acreano não ficou dormindo em berço esplêndido e renovou seus quadros. Alguns jovens como o prefeito Marcus Alexandre (PT), o presidente da ALEAC, Ney Amorim (PT) e o deputado estadual Daniel Zen (PT), serão protagonistas em futuras eleições.
Ainda falta
Alguns devem estranhar de não citar o nome do deputado federal Léo Brito (PT). Mas na minha avaliação o jovem parlamentar precisaria ser mais independente para se tornar protagonista. Pelo seu desempenho atual no máximo concorrerá a ser um novo Sibá Machado (PT).
Melhoria do debate
A democracia acreana deverá viver tempos melhores. Quando os dois lados da política se renovam quem ganha é o Estado. A próxima eleição deverá ter debates mais elevados e qualificados pela renovação que tenho visto.
Começaram as sondagens
O PMDB encomendou uma pesquisa de opinião pública para avaliar o quadro político e eleitoral de Rio Branco. Além das sondagens de gestões e de desempenho parlamentar em todos os níveis, constam os diversos nomes de possíveis candidatos na Capital em 2016.
Muitas possibilidades
Na FPA, Marcus Alexandre (PT) ou Ney Amorim (PT). Na oposição a lista é maior. Eliane Sinhasique (PMDB), Socorro Nery (PSDB), Sanderson Moura (Sem partido), Bocalom (DEM), Francineudo Costa (PV) e Márcio Bittar (PSDB).
Por que Ney Amorim?
O nome do atual presidente da ALEAC aparecerá na pesquisa porque existe a possibilidade da Reforma Política acabar com a reeleição. Se isso acontecer antes de um ano do pleito a FPA teria que mudar de planos. Mas acho difícil que isso ocorra. O candidato deverá ser mesmo Marcus.
Palavra do Petecão
O senador acreano me afirmou que Márcio Bittar, apesar de desmentir essa hipótese, deverá ser sim candidato a prefeito de Rio Branco. Petecão (PSD) acha que todos os nomes de oposição devem se apresentar para depois se decidir quem é quem.
Os candidatos ocultos
Não acredito que nem o prefeito Vagner Sales (PMDB) e nem o governador Tião Viana (PT) irão lançar à disputa da prefeitura de Cruzeiro do Sul os nomes que agora se especulam. Os dois lados deverão surpreender na hora da onça beber água.
Prioridades
O candidato da FPA a disputar o pleito em Cruzeiro do Sul deverá ser do PSB. O deputado federal César Messias (PSB) deverá coordenar o jogo sucessório no município. E, o PMDB, deve ter alguma opção muito bem escondida na manga.
Nem morta
A ex-deputada federal Antônia Lúcia (PSC) está mais ativa do que nunca. Além de estar alinhando pequenos partidos ao seu grupo político, a Missionária, tem estado bastante ativa em reuniões políticas na região do Alto Acre.
Possibilidade real
Não duvido que Antônia Lúcia entre na disputa pela prefeitura da Capital. Ela não vai ficar parada assistindo a banda passar. Pela estrutura empresarial e religiosa que possui ao seu redor não vai ficar calada durante a eleição.
Cena de cinema
Os deputados estaduais de oposição se reuniram com o senador Petecão, nesta quinta, 16. Luiz Gonzaga (PSDB) entregou ao senador um dossiê elaborado por ele e a sua assessoria com os recursos gastos pelo Governo Estadual na BR 364.
Prova de união
Na tribuna da ALEAC, Gonzaguinha, Eliane Sinhasique, Gehlen Diniz (PP), Antônio Pedro (DEM) e Jairo Carvalho (PSD) se revezaram em críticas ao Governo. Numa imitação às avessas do jogral governista sobre os 100 dias dos avanços da gestão do PT.
Leitura maçante
O líder do Governo, deputado estadual Daniel Zen, sugeriu aos opositores que se aventurem à leitura dos vários volumes de registros do uso de dinheiro público pelos governos da FPA. Algo que deve ter sido criado para que não se entenda mesmo.
O tempo começou a esquentar no Acre
Passadas as chuvas torrenciais que causaram grandes destruições no Estado o verão começa a se apresentar. Esquentando o tempo metereológico e também o político tanto na ALEAC, quanto nos bastidores da campanha eleitoral de 2016, que no Acre sempre começa com muita antecedência. As várias possibilidades e combinações de chapas na Capital e no interior à disputa vão surgindo naturalmente. Ainda é muito cedo para se ter um quadro de candidatos. Mas quem pretende se aventurar a uma longa jornada deve começar a andar cedo para chegar ao destino. E apesar da grave crise política no âmbito nacional o movimento regional já mostra que as eleições municipais de 2016 serão bastante disputadas.
