Se tem alguém que não deixa de fazer política nunca é o senador Sérgio Petecão (PSD). Nem mesmo em tempo de recesso o parlamentar sossega. Nesse dias Petecão está no Rio de Janeiro acompanhado do senador Wilder Morais (DEM-GO) articulando o renascimento do Partido Liberal (PL). Ele esteve reunido nessa quarta, 14, com o prefeito carioca Eduardo Paes (PMDB). A ideia é reunir na antiga sigla parlamentares e executivos insatisfeitos. Apesar do PL já ter sido um dos principais partidos políticos do Brasil, como está sendo recriado, equivalerá a uma sigla nova. Isso vai permitir que os políticos possam mudar de legenda sem cair no problema da infidelidade partidária. Segundo Petecão, mais a frente, a tendência é o PL se fundir com o PSD. Assim as portas ficarão abertas para o troca-troca partidário. Com a fusão a nova sigla seria uma das mais fortes da República brasileira.
Na foto, Petecão ao lado do senador Wilder Morais e o prefeito do Rio, Eduardo Paes
Liderança carioca
O engenheiro Eduardo Paes, reeleito prefeito do Rio de Janeiro, em 2012, é uma das novas lideranças políticas do país. A popularidade do prefeito carioca é inegável. Deve estar pensando em novos caminhos à sua carreira política depois que deixar a prefeitura em 2016.
O PL de Álvaro Valle
Criado nos anos 80 pelo ex-deputado federal carioca e diplomata, Álvaro Valle, o PL era um partido cristão de direita. Conseguiu se espalhar pelo Brasil inteiro. No Acre, uma das suas principais lideranças foi o ex-deputado federal João Tota e, o seu irmão ex-prefeito de Mâncio Lima, Luiz Hellosman (PP).
História “mal contada”
Na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, em 1988, Álvaro Valle, era o candidato favorito. Disparado nas pesquisas, os marqueteiros de Valle tinham um problema. O ex-diplomata, beirando os 60 anos de idade, nunca tinha sido casado. Para um candidato cristão isso era estranho. Nove meses antes do pleito Valle se casou com uma jovem. Problema resolvido? Nada. Quando a campanha começou a “moça” foi para a imprensa e disse que o casamento tinha sido “arranjado”. E mais um vez Álvaro Valle não foi eleito prefeito do Rio de Janeiro. Valle faleceu no ano 2000 como deputado federal.
Mais problemas conjugais
Outra liderança nacional polêmica do antigo PL foi o ex-deputado federal Valdemar da Costa Neto. O político separou-se litigiosamente da esposa Maria Christina. Tentou deixar a mulher sem nada. A vingança de Maria Christina resultou numa série de denúncias de corrupção contra o parlamentar que renunciou ao mandato.
Espalhados pela direita
O fim do PL, um partido democrata-cristão, mas cheio de histórias “suspeitas” criou uma debandada de parlamentares. O PR foi fundado com a maior parte do espólio do antigo PL. Alguns políticos liberais também se abrigaram no PP, DEM e outras siglas da direita.
A volta das manobras partidárias
A infidelidade partidária parecia ter resolvido o problema da insatisfação dos políticos que se elegem por uma sigla, mas depois mudam para outra conforme os seus interesses pessoais. Na realidade, essa lei acabou desencadeando um processo na política brasileira da criação de dezenas de novos partidos. PROS, Solidariedade, PEN, entre outras novas legendas, serviram para favorecer o troca-troca partidário. E, agora, aponta no horizonte o velho novo PL. Aguardem!
Tempo de férias na política: a maioria dos eleitos está descansando
A política acreana só vai esquentar depois da posse dos novos deputados estaduais, federais e senadores. O momento é de entressafra. A maioria dos políticos estão recarregando as baterias para voltarem à cena a partir do dia 1 de fevereiro quando acontecerão as posses no legislativo. ALEAC, Câmara Federal e Senado realizarão simultaneamente a solenidade com os novos eleitos e as eleições para as mesas diretoras. Tirando os candidatos às presidências das Casas legislativas, em campanha, a maioria dos parlamentares estão aproveitando os dias de férias antes de voltarem ao “trabalho”.
