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Os titulares e os reservas da equipe do governo do Acre

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Há duas semanas que todas as atenções estavam voltadas para a lista do novo secretariado do Governo. Num Estado que vive dependente do poder e dos recursos públicos os secretários têm status de executivos corporativos. Afinal, serão eles que determinarão quem recebe e quem espera. Quem ganha as licitações ou fica fora do jogo. A economia dependerá da palavra e da boa vontade desses titulares do time que comandará o Acre nos próximos quatro anos. Mas existe uma outra lista muito mais extensa daqueles que politicamente colaboraram com a vitória eleitoral da FPA e que deverão ser encaixados. A maioria desses “reservas” da gestão pouco produzirá para o Estado, mas será regiamente paga. É o espectro político do Governo que mantém as coisas funcionando para as futuras eleições. Entram nesse banco diretores, assessores especiais e, as famigeradas SECs. Cargos que todos que balançaram as bandeiras durante a campanha sonham e se acham merecedores. É nessa hora que acontece o “loteamento” do poder. Cada um dos partidos da FPA terá o seu quinhão. E a vida seguirá o seu curso normalmente.


Realidade nacional
O que acontece no Acre não é nenhum privilégio. Em outros estados também existem loteamentos do “poder” após as eleições. A diferença é que aqui como o Estado é o maior gestor da economia cresce a importância dos cargos.

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Reserva de luxo
Apesar da sua lealdade ao projeto o atual presidente da ALEAC, Élson Santiago (PEN) não foi escalado no primeiro escalão. Mas certamente será recompensado com algum cargo no segundo ou terceiro patamar do poder.


Políticos profissionais
Entram também nesses patamares inferiores do poder aqueles que se dedicam a fazer política. Ex-prefeitos, ex-deputados, ex-vereadores que possuem algum tipo de liderança regional. Afinal, mal acabou uma eleição já tem uma outra logo ali em 2016. E a batalha continua…


Afilhados de sorte
Também entre assessorias especiais, diretorias e SECs chegou a hora das indicações. Ou seja, políticos que venceram as eleições que agora irão encaixar no Governo os seus simpatizantes e apadrinhados. E assim a roda do poder continua seu giro natural.


Aos vencedores as batatas
O ex-presidente Tancredo Neves costumava dizer que se governa com vencedores e não com perdedores. Portanto, é natural que os cargos de confiança sejam ocupados por pessoas que têm ligações com o projeto político da FPA.


Aliados de última hora
Também chegou o momento de saber a recompensa daqueles que apoiaram a FPA no segundo turno. A maioria vinda da oposição que resolveu mudar de lado já pensando num futuro mais estável. Esses aliados de última hora, às vezes, são até mais privilegiados.


Rosário de lágrimas
Não adianta a oposição reclamar. O bonde da vitória passou à sua porta e as suas lideranças não souberam embarcar. Ficaram pensando de como seria a vida depois de mais uma derrota para a FPA. E esqueceram de fazer um projeto para uma possível vitória.


Mágoas ao vento
O candidato derrotado ao Governo, Márcio Bittar (PSDB), tem percorrido os municípios acreanos agradecendo os votos. Preparando um cenário futuro para daqui a quatro anos ser candidato a algum cargo proporcional. Continua a criticar a FPA, mas esquece de avaliar os seus próprios erros.


O peru não morre de véspera
Mais do que continuar o fogo cerrado contra as gestões da FPA a oposição deveria fazer uma auto-avaliação. Sobretudo, encarar a realidade de que em todas as mais recentes eleições já entrou derrotada. Lembrar de que quando aponta um dedo para o erro dos outros tem outros quatro apontados para si.


Questão de credibilidade
Não é escrevendo artigos enfadonhos na imprensa que se passa credibilidade ao eleitorado. É preciso muito mais. A ação política requer a presença constante e o diálogo permanente. Não adianta se articular com o poder e esquecer o objeto principal de se fazer política que é o bem estar da população.


Coerente
Por outro lado, quase não vejo a presença do outro candidato derrotado, Bocalom (DEM), na imprensa. Ele silenciou na hora certa. Para quê ficar se desgastando e fomentando rancores? Já dizia o velho filósofo chinês que o silêncio vale ouro.


Os eternos salvadores da pátria
Outro dia li na imprensa uma declaração de Bittar de que continuará concentrado no projeto de “libertar” o Acre (sic). Fiquei em dúvida se pensa em revolução armada ou pacífica. O jogo democrático é claro. O candidato com mais votos ganha. Mas acontece que uma eleição não é vencida no ano que acontece. A vitória fica mais fácil quando o candidato se prepara criando estratégias e se aproximando dos eleitores. Como exemplo positivo, temos a vitória de Gladson Cameli (PP) ao Senado. Ele anunciou que não seria mais candidato a deputado federal ainda em 2010. Andou por diversas vezes o Estado conversando e se articulando com os seus eleitores. Esteve presente em todos os municípios por quatro anos. Não discriminou prefeituras por bandeiras partidárias. Graças a sua assessoria competente, ao invés de escrever artigos, produziu matérias positivas sobre o seu mandato de federal. Informações relacionadas com liberação de emendas e iniciativas junto ao Ministério das Cidades gerido pelo seu partido. Conseguiu mostrar que o seu mandato parlamentar gerou obras nos 22 municípios acreanos. Ao invés de atacar os seus adversários levantou uma única bandeira que abrange todas as críticas, a alternância de poder. O resultado de um caso e o outro está registrado nas urnas do Estado de 2014.  É só conferir.


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