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Padre diz que travesti encontrado morto é mais uma vítima da exploração

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O corpo do jovem identificado pelo nome de Willian Aquino do Nascimento, de 16 anos, encontrado morto no último domingo no rio Iquiry, KM-31 da BR-364, sentido Rio Branco/Porto Velho, foi sepultado nesta terça-feira, no cemitério Morada da Paz, sem a presença de familiares e amigos.


O enterro foi acompanhado apenas por um assistente social e o reitor da Catedral Nossa Senhora de Nazaré, padre Massimo Lombardi, que conduziu a cerimônia religiosa de sepultamento.

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O rapaz, que era homossexual, foi encontrado com o corpo perfurado de bala e amarrado em um toco dentro do Iquiry. Embora identificado como Willian, o nome e a morte do jovem são um verdadeiro mistério.


No IML,  os peritos em criminalística informaram que foi identificado através das fotos do corpo que foram enviadas para uma irmã que mora em Cruzeiro do Sul. Os familiares informaram que o jovem não tinha documentos emitidos, apenas um registro de nascimento.


Após a cerimônia de sepultamento, o padre Massimo Lombardi lamentou a forma como o rapaz foi morto.


“Um jovem sem nome, encontrado morto e torturado, dedos decepados, acorrentado num tronco de uma árvore e jogado no fundo do rio Iquiry. Neste caixão ficam enterrados 16 anos de exploração sexual, de tráfico humano, um arquivo de nomes obscuros da sociedade acreana. Senhor Jesus, esta morte bárbara não seja em vão. Amem”


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