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Candidatos que defenderam a Telexfree foram para a balsa

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Apurados todos os votos das urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições 2014, fica a sensação que determinadas causas defendidas oportunamente ficarão de lado devido alguns candidatos não terem sido eleitos. É o caso dos que defenderam a Telexfree, empresa de maketing multinível acusada de ser uma pirâmide financeira no Brasil e nos Estados Unidos.


Entre os medalhões que foram para a balsa, usando como escudo a empresa e tentando obter votos dos milhares de eleitores que tiveram prejuízos com o bloqueio de suas atividades, está o próprio sócio-diretor da Telexfree no Brasil, Carlos Costa, que se candidatou a uma vaga na Câmara Federal pelo Estado do Espirito Santo. Ele obteve 11.635 votos, mas o montante não foi suficiente para se tornar uma deputado federal.

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Durante a campanha, Costa sofreu um infarto e teve que passar por uma procedimento cirúrgico. O empresário ficou alguns dias internado e logo em seguida voltou às ruas em busca de votos.


Interna Telexfree


Com 13.738 votos, outro que também defendeu as atividades da empresa com unhas e dentes foi o deputado estadual Moisés Diniz (PCdoB), que se candidatou a deputado federal, mas não obteve votação suficiente para o feito. O comunista, que além da Telexfree, defendeu a manutenção do emprego dos 11 mil servidores irregulares do Estado do Acre, ficou conhecido como o “parlamentar das causas impossíveis”. Mas este caso tem um diferencial, pois ele foi “preterido” dentro de sua própria coligação que injetou recursos financeiros e apoio da máquina pública nos “novos amigos do palácio Rio Branco”. Na verdade Moisés Diniz foi rejeitado nas urnas por ser leal e intransigente do projeto da Frente Popular do Acre e do governador Sebastião Viana (PT). Pagou caro por ter enfrentado toda a oposição quando a grande maioria do parlamento da base governista calava.


Outro que também tentou de todas as formas associar sua imagem a Telexfree para obter os votos de cerca de 70 mil divulgadores no Acre, foi o candidato ao senado pela Coligação produzir Para Empregar, Roberto Duarte Jr.  O advogado foi responsável pelo acompanhamento do processo da empresa no Acre no inicio do bloqueio de suas atividades. Em alguns momentos da campanha, em inserções na TV, Duarte sempre destacava que lutava pela causa do Marketing Multinível. O candidato recebeu pouco mais de 17 mil votos e fico na terceira posição na disputa para o senado.


Não menos importante, aparece o radialista e divulgador da empresa Aerci Olm, que em janeiro deste ano saiu de Santa Catarina e veio ao Acre para se acorrentar em frente ao Forúm Barão do Rio Branco e fazer greve de fome. Não satisfeito, Aerci foi para a frente do Ministério Público do Acre cobrar uma solução para o problema. Na época, ele ficou mais de 36 horas sem comer e por isso foi recebido pela direção do órgão ministerial, mas não obteve respostas satisfatórias. Candidato a Câmara, Aerci obteve 4.465 votos.


ENTENDA O CASO


Criada pelo brasileiro Carlos Wanzeler e pelo americano James Merrill em 2002, a Telexfree ganhou popularidade a partir de 2012, quando começou a operar no Brasil com a promessa de lucros na revenda de pacotes de telefonia VoIP e colocação de anúncios na internet. A empresa estima ter 1 milhão de divulgadores no País.


Em 18 de junho de 2013, a 2ª Vara Cível do Acre bloqueou formalmente as atividades do negócio, a pedido do Ministério Público local (MP-AC), que acusa a empresa de ser a maior pirâmide financeira da História do País.


O argumento é que o faturamento da empresa se sustenta dos investimentos de quem entra no negócio, e não dos serviços de telefonia. Por isso, os promotores pediram à Justiça a extinção da Telexfree e o ressarcimento de eventuais lesados. O caso ainda não foi julgado.


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