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Humaitá, no Amazonas, está o retrato do caos com a cheia no Rio Madeira

Cidade está quase submersa por conta da enchente (J. Renato Queiroz)
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O Município de Humaitá (a 600 quilômetros de Manaus) vive um caos nunca antes visto em mais de cem anos de monitoramento dos rios causado pela maior cheia da história do rio Madeira que atingiu 25,25 metros. A cidade que tem 46 mil habitantes está com quase 40% da sede submersa e 100% da área de várzea, onde moram 2 mil famílias alagada.


Cidade está quase submersa por conta da enchente (J. Renato Queiroz)

Cidade está quase submersa por conta da enchente (J. Renato Queiroz)

O município é o único do Amazonas em Estado de Calamidade Pública, situação reconhecida pelo Governo Federal. Oito dos 13 bairros foram inundados e a população sofre com apagões de energia elétrica, falta combustível e até de alimentos, apesar do Subcomando de Ações de Proteção e Defesa Civil do Amazonas (Subcomadec), enviar cestas básicas diariamente.

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Na sede de Humaitá a situação é critica nos bairros Olaria, Centro, São Francisco e Nova Esperança. Na várzea, nenhuma casa das 120 comunidades da área ficou imune a cheia. Centenas de desabrigados, na várzea, estão morando em barcos e em pequenas balsas utilizadas na extração de ouro, no projeto de extrativismo familiar do município.


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Os números de prejuízo no comércio, infraestrutura da cidade e de doenças são alarmantes. A saúde pública enfrenta um surto de dengue, virose e doenças de pele. Até sábado, foram confirmadas 59 pessoas com dengue, uma com leptospirose (doença bacteriana que afeta seres humanos e animais e que pode ser fatal), outra com suspeita da mesma enfermidade, além de 600 pessoas com virose apresentando febre, diarréia, vômito, entre outros sintomas.


O Hospital Regional de Humaitá está cheio de pacientes. A demanda de pessoas doentes foi tanta que o município precisou pedir ajudar da Marinha que está atendendo à população ribeirinha no navio de assistência hospitalar Soares Meirelles.


Contundo, quem mais sofre com as doenças trazidas pela cheia é a população ribeirinha que leva de seis a oito horas de voaderia para chegar à sede do município. Como várias comunidades estão isoladas, as pessoas não tem combustível suficiente para ir à sede, ficam doentes nos abrigos improvisados em balsas de garimpo, sem saber o que esperar do governo local.


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De acordo a enfermeira chefe do grupo de atendimento aos pacientes (Semsa Humaitá), Patrícia Nascimento, a água que a população das comunidades da zona rural utiliza para o consumo é o maior vetor de transmissão de doenças enfrentado em Humaitá. Todos os 60 poços artesianos distribuídos ao longo de 200 quilômetros foram cobertos pelo rio e contaminados. Os ribeiros estão consumindo água do próprio rio que sofreu um aumento nas impurezas após invadir áreas onde nunca havia chegado.


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