Com o anúncio da candidatura do deputado estadual Marcelo Ramos (PSB) ao Governo do Amazonas, já são 11 os pré-candidatos a disputar o cargo de governador nas eleições de outubro deste ano.
Marcelo Ramos é o terceiro político a colocar seu nome à disposição do partido para concorrer ao cargo de governador. No domingo o ex-vereador de Manaus Fernando Filho (PLC) lançou seu nome como candidato, inclusive citando como apoiadores os partidos PSB e PPS. O deputado estadual Marco Antônio Chico Preto (PMN) também já colocou o seu nome na disputa.
Enquanto novos nomes surgem, o presidente regional do PSDC, Cícero Lima, desistiu de concorrer a governador. Cícero foi um dos primeiros políticos a anunciar sua candidatura, ainda em agosto do ano passado, e também foi o primeiro a anunciar sua desistência.
“Houve uma discussão interna e o partido decidiu apoiar a possível candidatura do vice-prefeto de Manaus, Hissa Abrahão (PPS)”, afirmou o presidente da juventude do PSDC, Marcelo Generoso. Outra hipótese levantada pelo partido é apoiar a possível candidatura do prefeito Arthur Neto (PSDB). Em entrevistas, Arthur tem reiterado que não será candidato nas eleições deste ano.
Além do Marcelo Ramos, Fernando Filho e Chico Preto, também são pré-candidatos: o senador Eduardo Braga (PMDB), o vice-governador José Melo (PROS), os deputados federais Henrique Oliveira (SDD) e Rebecca Garcia (PP), o vice-prefeito Hissa Abrahão (PPS), além de Alcebíades Olivieira (PSOL). O deputado estadual José Ricardo (PT) e o servidor público Herbert Amazonas também já lançaram pré-candidatura.
Rede Social
Em sua página pessoal no Facebook, Marcelo Ramos publicou uma longa postagem, na tarde de quarta-feira, em que narra sua trajetória política, desde sua atuação como líder estudantil até a eleição para representar o PSB na Assembleia Legislativa do Estado (ALE).
Ao final do texto, o deputado deixa nítida sua intenção de ser o candidato do PSB.
“Já ganhei e perdi, mas nunca corri de uma luta justa. E assim será. Comunico que, após acompanhar todo o debate de hoje, acabo de conversar com minha esposa e decidir que, se as condições forem criadas com legenda garantida pelo PSB e com o projeto que viabilize a eleição de uma bancada de deputados para o partido, eu aceitarei ser candidato a governador”, escreveu Marcelo.
Para concretizar este objetivo, o deputado estadual terá que ainda convencer o próprio partido para o qual todas as possibilidades não estão descartadas.
“Existem todas as hipóteses e esta (a candidatura de Marcelo Ramos) é uma delas e é legítimo que ele coloque o nome dele, porque o Marcelo é um quadro importante do partido. Agora, o PSB vai tomar esta decisão com toda a calma do mundo. Este processo está em curso e ainda não tem nenhuma decisão”, frisou o presidente de honra do PSB, Serafim Corrêa.
Questionado sobre quando o partido tomará uma decisão, Serafim respondeu que o partido tem até o dia 30 de junho para decidir.
A reportagem insistiu em uma data e o presidente foi taxativo: “A candidatura da Vanessa (Grazziotin, candidata à Prefeitura de Manaus em 2012) foi decidida em 30 de junho. Temos que ver isto com calma, não precisamos nos afobar”, ressaltou Serafim.
Análise
Para o antropólogo e professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ademir Ramos, os nomes colocados até agora são “prenúncios de uma possível possibilidade de candidaturas”. “Eu visualizo este momento como um caminhão descendo uma ladeira em que as coisas ainda estão se reajustanto e se rearrumando até encontrar um ponto fixo”, avaliou.
Segundo Ramos, a efetivação das candidaturas depende de quem financia as campanhas. “Quando um candidato chega com seus patrocinadores, seus agentes, para captar recursos, a primeira coisa que os patrocinadores fazem é consultar se este candidato está nas pesquisas e, se não estiver, não tem quadro nenhum perante o patrocinador”, citou.
