Tudo pronto para o início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia. Desde o último fim de semana os acreanos mais pobres já deram início aos jogos de inverno, mas este não tem neve caindo do céu, mas muita água mesmo. Por aqui não há mínimo glamour na sua modalidade principal: tirar os móveis de casa antes que água estrague tudo.
Os moradores precisam ser rápidos para levar ferro nos 100 metros rasos. Todos os anos os acreanos têm a sua maratona de “inverno amazônico”, num sai e volta de casa.
São só as primeiras nuvens se formarem, as águas caírem para os rios transbordarem e iniciar a maratona da mudança para um abrigo público.
Há 16 anos no comando do Comitê Olímpico da Floresta, o governo petista não conseguiu amenizar os problemas sociais mais sérios do Acre. Milhões e mais milhões para cá vieram na gestão FHC, Lula e um pouco na de Dilma. Desta bolada, pouco foi investido em habitação para retirar as famílias de áreas de risco.
Muita desta bolada ficou melhor aplicada em obras com maior retorno eleitoral e financeiro para as obras dos empreiteiros aliados, inventores da modalidade de fazer desaparecer dinheiro público –e depois passar uma temporada de reaquecimento na prisão.
O Acre e a Rússia em nada têm em comum, exceto dois pontos: sediam os jogos olímpicos de inverno e possuem um governo com características antidemocráticas.
Outra similaridade está na modalidade preferida de seus políticos: o revezamento de poder. Vladimir Plutin uma hora é presidente, outra primeiro-ministro. Aqui, um irmão Viana fica no governo, e outro no Senado.
Enquanto isso, a situação vai ficando russa para a população acreana.
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