Pela segunda vez este ano é realizada no Acre uma cirurgia que reduz os sintomas do mal de Parkinson, que provoca tremores nas mãos e em partes do corpo. Para a realização desse novo procedimento médico, o governo do Estado faz parceria com o Instituto de Neurocirurgia da Amazônia Ocidental, que dispõe de profissionais para o procedimento cirúrgico de alta complexidade, além de equipamentos avançados, que oferecem baixo risco para o paciente.
“A cirurgia leva pouco mais de duas horas. Fazemos pequenas lesões no globo pálido do cérebro, região envolvida com a origem dos sintomas da doença, para localizar o acesso preciso às profundas estruturas intracranianas. Depois da cirurgia, os efeitos são imediatos, ou seja, o indivíduo não apresenta mais os tremores que a doença provoca”, explicou o neurocirurgião André Motta.
O primeiro a realizar a cirurgia, em fevereiro deste ano, foi o aposentado Elidiu Pinheiro. “Quando fui acometido pelo mal de Parkinson, pensei que não tinha tratamento para essa doença nem sonhava em tratá-la no Acre”, diz.
Segundo o médico, o lado direito do cérebro é responsável por enviar os comandos a serem executados pela parte esquerda do corpo, e o lado esquerdo, da parte direita. “Por isso, a cirurgia de Parkinson é feita em dois módulos: operamos primeiro um lado e, após a recuperação do paciente, o outro, para que tenhamos a paralisação de cerca de 90% dos tremores”, esclareceu.