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Gladson defende estudantes e pede critérios justos para exame

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Autor do Requerimento que enviou uma comissão de autoridades brasileiras para verificar in loco as condições dos estudantes que cursam medicina na Bolívia quando presidiu em 2011 a Comissão da Amazônia, Integração e Desenvolvimento Regional (Caindr), na Câmara Federal, o deputado federal Gladson Cameli (PP-AC), disse que o desafio pela valorização dos recém-formados que buscam o reconhecimento de seus diplomas não termina com o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos – Revalida.


Ao declarar apoio a todos os futuros médicos, Cameli destaca as inúmeras reclamações que recebe diariamente de estudantes que consideram o exame rígido, em muitos casos formulado por questões diferenciadas do conteúdo aplicado ao longo do curso, o que não significa despreparo dos alunos, e sim contradição nos critérios estabelecidos pelo Ministério da Educação (MEC).

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“Quando estivemos visitando os estudantes brasileiros na Bolívia, ao retornar à Brasília, tentamos sensibilizar o Ministério da Educação para mudar algumas regras do Revalida, já que muitos deles nos informaram que algumas das questões aplicadas eram complexas e voltadas para determinadas especialidades médicas, o que eles consideram injusto com aqueles que estão concluindo a graduação em medicina”, pontou o deputado.


O deputado disse que o Governo Federal precisa apoiar os jovens estudantes e incentivar a formação de médicos para atender a grande demanda de pacientes que sofrem nas filas dos hospitais públicos pela ausência de profissionais para atendimento nas mais diversas especialidades.


Seu posicionamento foi divulgado quando ele criticou o programa Mais Médicos, anunciado pela presidenta Dilma Rousseff, que prevê a contratação de médicos estrangeiros para atender as regiões mais carentes do Brasil.


“Ao invés de dificultar a vida de pessoas que estão se dedicando há anos não apenas para obter um diploma, mas para exercer de fato a medicina, o Governo deveria incentivar o estudo e agilizar o ingresso desses profissionais no mercado de trabalho, reduzindo assim os inúmeros transtornos que vimos diariamente nos hospitais e postos de saúde deste país afora”, sugeriu ele.


Gladson lembra que a falta de estrutura para a atuação de médicos no Brasil é evidente, e no Acre a situação se torna ainda pior quando é possível visitar pessoalmente municípios isolados onde não existem sequer medicamentos para aliviar os sintomas de dores (analgésicos) e um simples aparelho de Raio X para atender os pacientes. “A situação da medicina no Brasil e no Acre é muito mais crítica do que imaginamos, e existem muitas pessoas pagando com sua vida o alto preço do abandono por parte das autoridades responsáveis por sanar esses problemas”, lamentou.


Sobre o Revalida


O Revalida foi criado em 2011 e é aplicado uma vez por ano, em duas etapas. A primeira, uma avaliação escrita – composta por uma prova objetiva, com questões de múltipla escolha, e uma prova do tipo discursiva. Na segunda etapa, avaliam-se as habilidades clínicas.


Entram na avaliação conteúdos e competências das cinco áreas de exercício profissional: cirurgia, medicina de família e comunidade, pediatria, ginecologia-obstetrícia e clínica médica. Além disso, o exame estabelece níveis de desempenho esperados para as habilidades específicas de cada área.


Antes do Revalida, cada instituição de ensino superior estabelecia os processos de análise da correspondência curricular, seguindo a legislação de revalidação de diplomas prevista no país.


O exame é conhecido pelo alto grau de dificuldade. No ano passado, o índice de aprovação variou entre 6,41% de aprovação entre estudantes bolivianos e 27,27% de aprovação entre os venezuelanos. Os brasileiros com diploma estrangeiro também são obrigados a fazer o exame para trabalhar no país – o índice de aprovação deles no ano passado, 7,5%, foi inferior ao de 2011 (7,89%). (Com informações da Agência Brasil).


 


 


 


 


 


 


 


 


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