Gleydison Meireles, da redação do AC24Horas
ggreyck@gmail.com
Semana Santa é sinônimo de renda extra para vendedores ambulantes da Capital, que mesmo antes da data que representa a Paixão Morte e Ressurreição de Jesus Cristo já se preparavam para batalhar uma renda extra durante o período de festejos.
Os produtos são os mais variados, vão da venda de Castanha do Pará descascada pronta para o consumo a ovos do chocolate caseiros, e as ofertas não são poucas. Somente na região do Terminal Urbano de Rio Branco são dezenas de vendedores dos mais variados artigos de chocolates.
De segunda a sexta-feira, Jordana Lima, 32 anos, trabalha em um salão de beleza como cabeleireira e há mais de 08 anos, no período da Semana Santa, monta sua barraca de venda de chocolates entre o Terminal Urbano e o Mercado Municipal Elias Mansour, na área reservada para os ambulantes e um dos locais de maior fluxo de pessoas de toda região central da cidade. Mesmo com o aumento da concorrência Jordana Lima é otimista.
“Alguns anos atrás era apenas eu e mais duas ou três pessoas vendendo ovos de chocolate aqui, mas hoje como você pode ver são mais de dez só nessa região do terminal. Ano passado vendi mais de 120 quilos de chocolate e este ano espero que as vendas sejam ainda melhores, apesar da concorrência, pois a procura aumenta mesmo é no sábado e no domingo de Páscoa”, afirma a ambulante.
Assim como Jordana Lima, o autônomo Fernando Miranda espera o período da Páscoa para ter uma renda extra. Com 12 anos no comercio informal ele afirma que a data dá uma aquecida na renda familiar.
“Com o dinheiro que ganho com a venda de chocolates da para melhorar bastante a renda familiar, a minha expectativa é que esse ano as vendas sejam melhores que o ano anterior”, disse.
Francirlei Pereira aposta no comércio de Castanha do Pará, e para chamar a atenção da clientela ela já vende o produto descascado, pronto para o consumo. Somente nesta manhã ele já havia vendido quase 100 quilos do produto, que em média custa R$ 2,00 um saquinho com 200 gramas do produto.
“A castanha é usada para fazer comida e doces e a procura está muito boa, tem pessoas que quando ver que as castanhas estão descascadas querem levar é de quilo”, comemora o ambulante.
No Mercado Municipal Elias Mansour, o comercio de pescado e hortifrúti também estava bastante movimentado. Trabalhando somente com peixe de couro, o peixeiro Sizinando Souza comemora o aquecimento nas vendas.
“Só na quinta-feira (28) vendi mais de 800 quilos de peixe, se continuar assim as vendas podem ultrapassar o que havíamos previsto, que era a comercialização de 1,5 mil quilos”, disse.
Outro comerciante que está comemorando o volume nas vendas de pescado no Elias Mansour é o peixeiro Adiberto Teixeira, o “Russo”. Disponibilizando aos consumidores peixes nativos, os chamados peixes de rio, Matrinxã, Curimatã Jaraquí e Piau, Russo está perto de vender mil quilos de pescado adquiridos para a Semana Santa.
“Se continuar assim vamos ter que buscar mais peixes para atender a clientela”, afirmou “Russo”.
O preço dos peixes praticados nesta Semana Santa no mercado municipal está variando entre R$ 8,00 e R$ 18,00. Nos supermercados os peixes podem ser comprados ao preço mínimo de R$ 7,50 o quilo.
Com a festa cristã que para muitos é considerado um momento de grandes oportunidades comerciais, a data precisa ser lembrada principalmente no seu verdadeiro simbolismo que é o sofrimento e ressurreição de Jesus Cristo.
