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A FRAGILIDADE DA BASE GOVERNISTA – Governistas não conseguem pautar debate em torno do maior projeto da administração de Sebastião Viana

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Ray Melo, da redação de ac24horas
raymelo@ac24horas.com


Apesar da vantagem numérica, os governistas demonstraram a fragilidade emocional e não conseguiram pautar os discursos na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), em torno da Cidade do Povo, considerado pelos próprios governistas, como “o maior projeto da administração” do governador Sebastião Viana (PT). Os governistas se alternaram nos elogios a Cidade do Povo, mas foram sufocados pelas denúncias de dois deputados do bloco de oposição sobre o sistema público de saúde do Acre.

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Os deputados Jamyl Asfury (PEN), Ney Amorim (PT) fizeram uma tentativa de puxar os 19 governistas para elogiar a Cidade do Povo. Eles parabenizaram o governador Sebastião Viana pelo segundo lançamento do projeto da Cidade do Povo e afirmaram que a iniciativa de Viana será referência nacional. Depois dos elogios a construção da primeira etapa do projeto de Viana, dois oposicionistas desarticularam os discursos e elogios e colocaram em pauta as denúncias sobre a saúde pública do Acre.


O tucano Major Rocha falou das dificuldades de pacientes das cidades do interior do Estado acometidos de câncer, que estão em tratamento na capital. Rocha destacou o drama de Osmildo Queiroz da Silva, 48, que reside em Marechal Thaumaturdo e está há seis meses em tratamento no Hospital do Câncer, mas teve o tratamento interrompido pela falta de medicamentos para fazer as sessões de quimioterapia.


Rocha falou ainda da quebra de duas máquinas que atendiam os pacientes de câncer na unidade de saúde. “A bomba de cobalto está quebrada há quase um mês. A braquioterapia também foi interrompida. O setor de emergência oncológica está com os monitores cardíacos quebrados. Estes pacientes não podem ter o tratamento interrompido pela falta de equipamentos e a falta de vários medicamentos”, diz Rocha.


As denúncias do líder tucano foram fortalecidas pelo peemedebista Chagas Romão, que fez uma denúncia sobre a falta de TFD aos pacientes com câncer. Os dois discursos foram suficientes para desestabilizar a base governista, que deixou de lado os elogios aos projetos do Governo do Acre e entraram na pauta levantada pelo reduzido bloco de oposição, fazendo defesas e confirmando que os problemas de gestão existem na Sesacre.


O governista Eduardo Farias (PCdoB) não economizou criticas aos gestores da saúde pública. “Não tenho nenhum compromisso com a incompetência. A gestão pública tem os seus tempos e quem não observa estes tempos quebra a cara. É indemissível que os prazos licitatórios sejam perdidos. Na minha opinião, isso se chama uma insuficiência de gestão. Aposto o meu mandato se estiver faltando dinheiro para compra de medicamentos no Estado”, diz Farias.


O líder do governo Astério Moreira (PEN) também esqueceu a terra prometida que se transformou a Cidade do Povo e confirmou os problemas de saúde pública e defendeu a ida de gestores da saúde pública, para fazer esclarecimentos na Aleac. “Não há nada a esconder, não é um cabo de guerra sobre posicionamentos políticos ideológicos, mas um debate sobre pessoas que precisam de um tratamento de saúde de qualidade”.


O petista Geraldo Pereira tentou justificar as falhas da saúde pública, afirmando que “sistema particular de saúde está falido”. Sem quere dizer aqui, que as reclamações não sejam justas, mas na rede particular demora até 60 dias para fazer um eletrocardiograma. “Os problemas existem, mas não é este caos que estão tentando passar”, disse o governista ao direcionar as denúncias aos estados administrados pelos partidos dos oposicionistas locais.


Mais uma vez, os 19 deputados governistas não conseguiram emplacar e pautar os discursos favoráveis ao Governo do Acre, na Aleac. A base de Sebastião Viana não resistiu aos pronunciamentos de dois oposicionistas do reduzido bloco que conta com apenas seis parlamentares. O projeto Cidade do Povo, alardeado pelos como a maior realização da administração petista ficou em segundo plano na Casa do Povo.


 


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