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“Monstro do Calafate” confessa crime e diz que matou para se defender

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Gleydison Meirelles
ggreyck@gmail.com


Três dias após ter a mão decepada a golpes de terçado e quase ser morto por populares no Conjunto Waldemar Maciel, o suposto missionário evangélico Roberto da Silva Araújo, 35, conhecido nos últimos dias como “Monstro do Calafate”, confessou ao delegado Frederico Tostes ter matado a dona de casa Maria Madalena Moraes Campos, 27 anos.

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De acordo com policiais da Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher (DEAM), Roberto Araújo disse que matou Maria Madalena após ter recebido a ligação de uma mulher o que causou ciúmes na namorada.


O acusado disse que no momento em que desligou o telefone viu que Maria Madalena estava de posse de uma faca e partiu para cima dele e ele a teria matado em legitima defesa. Segundo os policiais Roberto Araújo não deu detalhes de como praticou o crime.


Ainda de acordo com os agentes da DEAM, Roberto Araújo em momento algum demonstrou arrependimento, pelo contrario, enquanto confessava o crime esboçou um sorriso.


“Conversando com ele pude notar que é uma pessoa fria, em momento algum ele demonstrou arrependimento, notei até um sorriso em seu rosto enquanto ele narrava os fatos, é um psicopata”, revelou o investigador que pediu para no ser identificado.


Roberto Araújo disse também que no momento em que foi atacado pela população estava retornando para casa pois tinha um encontro marcado com uma vizinha, os policiais checaram as declarações do acusado e descobriram que a vizinha citada por ele era uma garota de 12 anos a quem ele havia prometido uma sandália de presente caso ela fosse até sua casa.


Os investigadores passaram a checar todos os dados do acusado e descobriram que ele também é suspeito de ter abusado sexualmente de duas garotas, crime ocorrido a pouco mais de 10 anos.


Vizinhos disseram à polícia que Roberto Araújo ora se apresentava como missionário ora como pastor evangélico, mas que tinha um comportamento estranho quando estava na presença de mulheres.


Na manhã de sábado um morador procurou a DEAM para informar que encontrou várias ferramentas sujas de barro escondida em um matagal, a poucos metros da casa onde foi encontrado o corpo de Maria Madalena. Moradores da localidade suspeitam que Roberto Araújo tenha feito outras vítimas.


Roberto Araújo já foi encaminhado ao presídio estadual onde está a disposição da Justiça.


A reportagem procurou o delegado Frederico Tostes na sede da DEAM mas foi informada que o delegado trabalha em regime de plantão e só estaria trabalhando após o carnaval.


Desaparecimento, morte e revolta


Roberto Araújo e Maria Madalena namoravam a pouco mais de 15 dias e no dia 1º de fevereiro ele esteve na casa da vítima e a convidou para ir até sua casa, localizada na Rua Juazeiro, Conjunto Waldemar Maciel, região do Bairro Calafate. Essa foi à última vez que familiares viram Maria Madalena com vida.


Familiares passaram a desconfiar que algo de errado tinha acontecido depois que Maria Madalena deixou de ir a sua festa de aniversário organizada por amigos e familiares.

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Familiares passaram a procurar pela dona de casa, inclusive foram até a casa do acusado que disse que não sabia de seu paradeiro. O corpo de Maria Madalena foi encontrado na quarta-feira (6) enterrado em uma cova rasa na sala da casa de Roberto Araújo, já em avançado estado de decomposição.


Na noite do mesmo dia Roberto Araújo foi brutalmente espancado a golpes de ripas e teve a mão esquerda decepada a golpes de terçado desferido por uma multidão enfurecida.


Segundo informações, o acusado caminhava tranquilamente pela Rua Juazeiro quando foi surpreendido pela população, que revoltada passou a agredi-lo.


Uma guarnição da Polícia Militar foi acionada, mas quando chegou ao local encontraram Roberto Araújo com a mão esquerda decepada e com vários cortes pelo corpo. Uma equipe do SAMU foi acionada para socorrer a vítima que foi colocada dentro da viatura sobre os gritos de protestos da multidão que a todo instantes pedia para que a polícia o soltasse, pois queriam fazer “justiça”.


A vítima foi conduzida ao Pronto Socorro de Rio Branco onde passou por um procedimento cirúrgico e ficou em observação por cerca de dois dias, até receber alta médica e ser encaminhado ao presídio.


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