Ray Melo,
da redação de ac24horas
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O líder do PT na Câmara Municipal, vereador Gabriel Forneck e o diretor-superintendente da RBTrans, Ricardo Torres foram denunciados nesta quinta-feira, 26, por um grupo de “freteiros” de Rio Branco, por suposta chantagem e tentativa de compra de votos, durante uma reunião com a categoria, no início da semana, no auditório da Biblioteca da Floresta.
Segundo os trabalhadores, Forneck e Torres teriam apresentado um projeto para supostamente beneficiar a categoria, através de uma parceria com a prefeitura de Rio Branco, mas a matéria só seria votada e aprovada na Câmara municipal se eles apoiassem o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcus Alexandre.
“Eles chegaram com um papel, dizendo que seria um projeto que vai ser votado no próximo ano. Expuseram num projetor, como uma lei para ajudar a categoria, mas essa lei não seria aprovada se o Bocalom ganhasse a prefeitura. Por isso, que o Marcus Alexandre teria que ganhar”, diz um dos motoristas.
Temendo represálias por parte da RBTRans, os “freteiros” pediram para que a reportagem preservasse seus nomes. Questionados pelos benefícios prometidos por Gabriel Forneck e Ricardo Torres, os trabalhadores afirmaram que a oferta seria de um ganho mensal de até R$ 5 mil, caso o candidato petista vença a eleição.
De acordo com os “freteiros”, em tom de ameaça, os representantes petistas disseram que, caso, eles não apoiassem Marcus Alexandre, “o Bocalom ou qualquer outro que entrar vai acabar com a profissão de vocês”. A reunião teria contando com a presença de pessoas ligadas ao Governo do Acre e da prefeitura de Rio Branco.
Gabriel Forneck diz que não houve oferta em dinheiro nem pedido de voto
A reportagem procurou o vereador Gabriel Forneck, para que ele apresentasse sua versão das acusações dos “freteiros” de Rio Branco. Por telefone, o parlamentar negou que tenha existido oferta em dinheiro à categoria ou que tenha pedido votos para Marcus Alexandre. “A intenção da prefeitura é regularizar a situação dos profissionais”, enfatiza.
Segundo Forneck, a categoria teria colocado a problemática das pessoas que trabalham de forma irregular e teria pedido maior segurança jurídica, na elaboração de uma legislação especifica para os 400 profissionais que estariam vinculados ao Sindicato dos Taxistas. “O projeto será apresentado na volta do recesso”, acrescenta o vereador.
“Estaremos trabalhando a questão dos pontos e padronização da frota, mas tudo em comum acordo com os “freteiros”. Faremos a redistribuição dos pontos e números de veículos de acordo com a população da capital. Não é um projeto eleitoreiro, mas a garantia de melhorias para toda uma categoria”, destaca Forneck.
O vereador informou ainda, que o presidente do Sindicato dos Taxistas, Telnízio Bonfim e seu vice, teriam participado da reunião.
