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Sebastião Viana recebe mais R$ 89 milhões para conclusão da BR-364

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O decreto de remanejamento orçamentário do Ministério dos Transportes assegurando R$ 89 milhões para os serviços de asfaltamento da BR-364 foi publicado ontem no Diário Oficial da União. Esse valor irá fazer corpo com mais R$ 55 milhões que estavam empenhados.


De acordo com o governo do Acre, o montante garantirá a conclusão da obra até o fim do ano. Em maio, pela falta de garantias do recebimento de recursos, as empresas que estão no trecho anunciaram uma desmobilização e até demissões de mais de 400 funcionários, uma delas, do setor de alimentação.

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Além desses problemas, o Estado enfrenta outra crise, que é o abandono das empresas Construmil, ETAN e JM Terraplanagem e Construção que  fecharam as porteiras dos acampamentos e não mantém nem vigia nos trechos. Funcionários do Deracre fazem uma operação tapa buracos na região mais perigosa entre os municípios de Sena Madureira e Feijó.


A estrada que liga a capital a região de Juruá e que representa um dos maiores sonhos de milhares de habitantes que viviam isolados vem sendo construída durante treze anos,  sendo alvo de várias denuncias. Uma das empresas que foi pioneira, na era Viana na construção da rodovia, a Construmil, declarou falência. A reportagem revelou que dias antes de declarar falência, pagamentos na ordem de R$ 2 milhões foram efetuados pelo engenheiro Marcus Alexandre à empresa. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência do Estado. Trazida ao Acre pelo ex-governador Jorge Viana, a Construmil deixou dívidas ao longo da BR somadas em mais de R$ 20 milhões. Embora o pátio da empresa continue cheio de equipamentos, nenhum funcionário ficou para fazer a manutenção das crateras que se abriram ao longo da BR.


Outro canteiro de obras do grupo JM Terraplanagem e Construção, ligado a família da Construmil foi abandonado. No local não ficou nenhuma máquina. O portão de entrada está no cadeado. A JM deveria manter homens e equipamentos para manutenção do trecho de sua responsabilidade. Entre valores brutos emitidos para pagamentos no dia 24 de fevereiro deste ano, a empresa apresentou créditos de R$ 97 mil.


A MAV Construções é quem executa o asfaltamento do trecho da JM. A empresa do contraventor Cachoeira foi contratada por Marcus Alexandre apenas para os serviços de terraplanagem entre Sena Madureira e Manoel Urbano. E recebeu bem por isso.


Pelo contrato de pavimentação do trecho de divisa de Rondônia com o entroncamento da 090, já foi pago generosos R$ 23 milhões em valores brutos à empresa ETAN ligada ao grupo Cameli e de propriedade de Eládio Cameli, irmão do ex-governador Orleir Cameli e pai do deputado federal Gladson Cameli. Do grupo é a empresa que mais abocanhou recursos federais. O lote que a empresa é responsável tem trechos apenas com asfalto tratado. É um dos mais perigosos na atualidade.


Sem garantia de liberação de recursos, a empresa do grupo Cameli cancelou contratos com terceirizados, o gerente no Acre não sabe quando iniciará as obras este ano. “Vai depender de recursos federais, o Deracre disse que tem mais não deu garantias de quando serão liberados” disse Gildemar dos Santos. A ETAN é responsável pela pavimentação entre os quilômetros 403,92 e 417,42, um contrato de R$ 38 milhões.


De acordo com o que a reportagem apurou, somente com uma terceirizada da área de alimentação, 50 trabalhadores foram demitidos depois do cancelamento do contrato na última sexta-feira (04).


A Colorado, empresa de propriedade do ex-governador Orleir Cameli, faturou R$ 20 milhões pelas obras na rodovia 364 somente este ano.


 


 


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