O Ministério da Saúde iniciou uma campanha de vacinação contra a raiva canina de forma bilateral na cidade de Brasiléia, divisa com a cidade de Cobija, na Bolívia. O local foi escolhido após registro de um caso de raiva humana na cidade boliviana.
O evento marca o início das atividades de vacinação nos municípios de fronteira, entre eles, Epitaciolândia, no Acre; Corumbá e Ladário, no Mato Grosso do Sul; Cáceres, no Mato Grosso; e Guajará-Mirim, em Rondônia.
Especificamente para essa ação binacional, serão disponibilizadas 70 mil doses de vacina antirrábica canina para a Bolívia, se for necessário, além de profilaxia antirrábica pré-exposição. No total, a previsão é vacinar cerca de 100 mil cães e gatos nos municípios brasileiros e aproximadamente 60 mil cães e gatos em território boliviano.
A campanha contra raiva tem como objetivo alcançar altas coberturas vacinais em cães domésticos domiciliados, com a finalidade de formar barreira de proteção contra o vírus da raiva no ciclo urbano, mantendo a interrupção da transmissão do cão ao homem. No período de 2015 a 2023, até o momento, foram registrados 32 casos de raiva humana, por diferentes espécies de animais, a maioria por morcegos. O último caso de raiva humana pela variante canina ocorreu em 2015, no município de Corumbá.
Para 2023, está prevista a distribuição de aproximadamente 28 milhões de doses para todos os estados brasileiros, considerando a vacinação de rotina, bloqueio de foco e campanha contra a raiva em cães e gatos. O Ministério da Saúde investiu aproximadamente R$ 35 milhões para aquisição da vacina canina. (MS)