O videomaker do ac24horas, Kennedy Santos, andou muito de barco, mais de quatro horas, para contar a história desta semana. Mas o motivo é extremamente positivo.
Na região rural de Feijó, no Rio Jurupari, Santos conheceu o Projeto Envira/Amazônia, iniciativa de um empresário que tem mudado a vida de dezenas de famílias de uma comunidade.
Os produtores rurais da região, famosa pela extração do látex, migraram para a agricultura e a pequena criação de gado, mas mesmo assim tinham renda baixa e contribuíam para a destruição da floresta.
Foi aí que surgiu a ideia do empresário Francisco Couto, proprietário da área, que começou o projeto há 12 anos. “O que incentiva é olhar para trás e ver que o futuro do Acre é promissor, ter pessoas que querem morar na floresta e preservar a floresta nos incentiva ainda mais a continuar. Nós não precisamos de desmatamento para ter uma boa renda, uma saca de café hoje custa mil reais e eu acredito que juntos com as pessoas que moram na comunidade é possível preservar a floresta e melhorar a qualidade de vida”, diz.
Nesta última etapa do projeto, o ac24horas acompanhou a entrega de mil mudas para 22 famílias que fazem o plantio de forma sustentável, sem o uso do fogo para preparar a terra.
A propriedade tem o certificado de sustentabilidade de uma área de 200 mil hectares de floresta, o que significa que as atividades lá desenvolvidas respeitam o meio ambiente e visam reduzir a liberação de dióxido de carbono, que é prejudicial ao meio ambiente.
Quem sempre viveu do que produz na terra, hoje entende a revolução que vem acontecendo na comunidade. “Eu não me importava muito e agora mudei de ideia. Para mim, era entrar aí e derrubar o que pudesse conseguir para aumentar o campo, mas hoje eu penso diferente, quanto mais eu derrubo, mas o clima fica diferente, todo mundo reclama e acho que o errado sempre foi a gente, é possível viver bem sem derrubar o mato”, diz José Ferreira, conhecido como “Mundico”, morador da região.
Outro beneficiado do projeto é Cirlândio Dimas. Ele conta que se surpreendeu com os resultados. “Ninguém pensava que daria tão certo, a gente plantava só o que dava e agora estamos vendo o resultado, a gente não tinha meio de comunicação, tudo era difícil, depois que esse projeto chegou por aqui muita coisa mudou para melhor”, afirma.
Além das mudas de café e da assistência técnica, os moradores da comunidade têm sido beneficiados com a chegada da energia, transporte, internet, entrega de kits de EPI (Equipamentos de Proteção Individual) e cursos de formação.
Veja o vídeo: