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Sindicato dos Agentes Penitenciários nega que tenha cogitado paralisação

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Na última quinta-feira, 14, o Ministério Público do Acre (MPAC), por meio da Promotoria de Justiça Especializada de Tutela do Direito Difuso à Segurança Pública, emitiu uma recomendação para que os policiais penais encerrassem a pretensão do movimento grevista no estado e retornassem aos postos de trabalho.


Em uma nota pública, a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre, o Sindicato dos Policiais Penais, o Sindicato dos Policiais Civis, a Associação dos Militares do Acre e a Associação dos Praças da PM do Acre, disseram que “enxergam” na recomendação do MPAC, intimidação ao trabalho realizado pelas instituições na garantia dos direitos de seus trabalhadores. (veja nota abaixo).

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Em um tom mais ameno, o Sindapen – Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Polícia Penal) negou que tenha cogitado qualquer movimento de paralisação, mesmo que de maneira parcial.


“Os policiais penais estão trabalhando dentro do limite e a única orientação que o sindicato passou para eles foi para que trabalhassem dentro da lei. Esse negócio de greve não existe. Nem greve branca, nem greve nada, o pessoal está trabalhando é mais”, diz o presidente da entidade, Eden Azevedo.


A categoria reivindica a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR). Como são proibidos por lei de entrar em greve, os agentes têm realizado apenas os chamados “serviços padrões”, deixando, por exemplo, de cumprir o banco de horas, que possui caráter voluntário.


Na resposta à recomendação do MPAC, o sindicato faz uma contextualização da realidade dos policiais penais no Acre, afirmando que há defasagem nos salários e na quantidade de agentes na carceragem.


Sobre os salários, a entidade diz que em 2007, quando o Instituto de Administração Penitenciário (IAPEN) foi criado, um agente penitenciário em início de carreira ganhava quase 50% a mais do que um escrivão de polícia, ante a natureza da ocupação de maior risco, sendo que hoje o escrivão ganha 30% mais que o policial penal com mesmo tempo de serviço.


A respeito do contingente reduzido, o sindicato afirma que em 17 anos de criação do IAPEN/AC só aconteceu um concurso público para a área com a admissão de 1.203 vagas, assim permanecendo até a atualidade sem qualquer reposição das vacâncias.


Nesse período, o Sindapen diz que foram criadas as especializadas GEPOE, CANIL e SOE, com a absorção de cerca de 250 policiais penais que foram retirados da carceragem, bem como quase 100 policiais penais exercendo função administrativa e outros 100 compondo a UMEP – Unidade de Monitoramento Eletrônico de Preso.


Outro ponto relatado é que, com a retirada dos policiais militares do Sistema Penitenciário, houve a necessidade de a Polícia Penal ocupar os postos, com a retirada de mais 300 policiais penais dos pavilhões. Com isso os policiais penais efetivos nos pavilhões dos presídios do Acre, por dia de plantão, não chegam a 100, distribuídos em diversas unidades penitenciárias, segundo Sindicato.


“Assim, temos a sobrecarga excessiva dos policiais penais que desenvolvem suas atividades nos pavilhões, ocasionando o adoecimento de parcela expressiva dos mesmos, fato que já levou, inclusive, a suicídio de policial dentro do complexo penitenciário”, diz a resposta encaminhada ao MPAC.


O Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) também é alvo da recomendação do órgão controlador. À gestão, foi solicitado que adotem medidas administrativas e disciplinares a fim de convocar os policiais para o restabelecimento da normalidade nos serviços.


Em nota, o presidente do Iapen, Alexandre Nascimento, disse que a instituição acenou positivamente à recomendação e garantiu que os policiais que aderirem ao movimento grevista poderão sofrer punições administrativa, civil e criminal.


“Após a notificação deste ato, os policiais que aderirem à mobilização grevista poderão sofrer responsabilização no âmbito administrativo, civil e criminal”, diz o documento do Iapen-AC.


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