Em novembro passado, por conta da proximidade data histórica para o Acre da assinatura do Tratado de Petrópolis, o ac24horas pediu informações à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) sobre as atuais condições da estrutura física do prédio onde o importante documento foi subscrito, a casa do diplomata brasileiro José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, título que dá nome à capital acreana.
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O pedido de informações se deu em razão de um artigo publicado pelo professor e escritor Ataualpa A. P. Filho no jornal Diário de Petrópolis, em fevereiro do ano passado, mostrando que até aquela data a casa estava em péssimo estado. Na publicação, o escritor lamenta a situação e diz que a preservação do acervo cultural tem grande importância na manutenção de empregos no setor turístico da cidade serrana.
“Por ter conhecimento dessa dependência econômica e por saber da importância da preservação da memória, bate uma tristeza profunda quando vejo o péssimo estado em que se encontra a casa que pertenceu ao senhor José Maria da Silva Paranhos Júnior, que se tornou mais conhecido como Barão do Rio Branco. Na referida casa foi assinado o Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, que integrou o Estado do Acre ao Brasil, que pertencia à Bolívia desde 1750”, diz o artigo.
Relembre: Casa do Barão do Rio Branco, onde foi assinado Tratado de Petrópolis, está em “abandono”.
De acordo com o jornal A Tribuna de Petrópolis em publicação de 2019, a Casa Barão do Rio Branco foi adquirida em 2015 pelo Governo do Rio de Janeiro, mas já em 2016 foi interditado pela Justiça após por meio de uma ação civil pública devido ao péssimo estado em que se encontrava a estrutura, oferecendo risco para os alunos e servidores. “O muro também está com rachaduras, oferecendo risco até mesmo para pedestres que passam pela calçada”, disse o jornal.
O imóvel foi adquirido com o propósito de instalar o curso de Arquitetura vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, mas devido à precariedade das instalações, isso não foi possível. Hoje esse curso está sendo ministrado em outro imóvel na Rua Ipiranga, naquela cidade, de acordo com informações que estão disponíveis em publicações na internet de vários jornais locais.
O pedido de informações do ac24horas sobre o atual estado da casa foi feito à Fundação Universidade do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Serviço de Informação ao Cidadão. Depois de quase dois meses, uma resposta lacônica foi enviada pelo Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAENG) da Prefeitura dos Campi da instituição de ensino superior.
“Com vistas à OUVIDORIA, informando estar em andamento projeto de manutenção/restauração do telhado da Casa do Barão, para início no primeiro semestre de 2024”, diz o comunicado assinado por Lusiana Brandão Pessanha dos Santos, diretora do departamento.
No local, em 17 de novembro de 2003, uma placa foi afixada, com o registro da presença dos então governadores do Rio de Janeiro e do Acre, Rosana Garotinho e Jorge Viana, lembrando os 100 anos da assinatura do Tratado de Petrópolis e saudando a amizade entre o município de Petrópolis e o estado do Acre.
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