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Desmatamento: Acre tem três municípios entre os dez mais críticos da Amazônia Legal

FOTO - JARDY LOPES
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O SAD – Sistema de Alerta de Desmatamento – do Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon), detectou no último mês de agosto 568 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, uma redução de 60% em relação a agosto de 2022, quando o desmatamento somou 1.415 quilômetros quadrados.


De acordo com o mais recente relatório, atualizado nesta sexta-feira, 29, o desmatamento detectado pelo SAD em agosto de 2023 ocorreu no Pará (33%), Amazonas (25%), Acre (19%), Mato Grosso (9%), Rondônia (8%), Maranhão (4%) e Roraima (2%).

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As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 258 quilômetros quadrados em agosto de 2023, o que representa uma redução de 74% em relação a agosto de 2022, quando a degradação detectada foi de 976 quilômetros quadrados.


Em agosto de 2023 a degradação foi detectada no Pará (60%), Mato Grosso (22%), Acre (10%), Amazonas (4%) e Rondônia (4%).


No Acre, a redução com relação a agosto de 2022 foi de 38% – 108 km² em agosto de 2023 contra 173 km² em agosto de 2022. Com relação às florestas degradadas, também houve redução, de 7% – 26 km² em 2023 contra 28 km² em 2022, no mês de agosto.


Entre os 10 municípios da Amazônia Legal considerados em situação crítica pelo estudo, estão 3 acreanos: Feijó, com 29 km² de desmatamento, Tarauacá, com 18 km², e Cruzeiro do Sul, com 10 km². Entre as Unidades de Conservação Federais, a mais afetada é a Resex Chico Mendes, com 8 km² de desmatamento.


“O que vemos no Acre são expressivas áreas sendo abertas nos municípios de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, que fazem divisa com o estado do Amazonas. Além disso, a destruição se faz presente inclusive em áreas que por lei são protegidas, como a unidade de conservação federal Resex Chico Mendes, que vem sofrendo com grande pressão dos desmatadores ilegais”, alerta Bianca Santos, pesquisadora do Imazon.


Três estados concentram quase 80% do desmatamento


Em agosto deste ano, Pará, Amazonas e Acre concentraram 77% de toda a derrubada detectada na Amazônia Legal, com destaque negativo para o terceiro estado. Isso porque, mesmo tendo uma das menores áreas territoriais entre os nove estados da região, o Acre concentrou 19% de toda a devastação no mês.


Estado que mais desmatou a Amazônia em agosto, o Pará foi responsável por 33% de toda a destruição no período. Os municípios de Altamira, Uruará e Mojuí dos Campos estão no ranking dos 10 mais desmatados e, juntos, concentraram 24% de toda a perda florestal ocorrida em solo paraense.


Já no Amazonas, segundo estado que mais destruiu a floresta em agosto, com 25% do desmatamento registrado na região, as áreas mais críticas ficam na parte sul. E, entre os municípios amazonenses, os mais destruídos foram: Apuí, Boca do Acre e Lábrea.


“Estamos reiteradamente alertando sobre o avanço do desmatamento no sul do Amazonas, na região de divisa com Acre e Rondônia. Conhecida como Amacro, a área possui uma forte pressão pela expansão agropecuária. Por isso, são necessárias medidas urgentes de fiscalização e destinação de terras públicas na região para evitar novas derrubadas ilegais, como infelizmente estamos vendo todos os meses”, explica Bianca.


Além disso, Pará e Amazonas possuem oito das 10 terras indígenas que mais perderam áreas de floresta em agosto. Os territórios paraenses Apyterewa e Cachoeira Seca foram os mais afetados pela devastação, com 3 km² de desmatamento em cada um, o que equivale a cerca de 300 campos de futebol.


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