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“Governo e empresários não sabem o que fazer com Peixes da Amazônia”, diz Assur Mesquita

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Nesta quinta-feira, 25, se comemora o Dia Nacional da Indústria. O setor, de extrema importância para o desenvolvimento e crescimento econômico do Acre, foi o tema do Bar do Vaz, apresentado pelo jornalista Roberto Vaz, que recebeu o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano, e o secretário estadual de Indústria, Assurbanipal Barbary.


Adriano, admitiu que, apesar de muito ainda precisar ser feito para que a indústria acreana alcance um patamar de competitividade com outros estados do país, o setor está em fase de retomada de crescimento. “Estamos em fase de retomada, de crescimento, já que atravessamos vários desafios ao longo de diversos governos estadual, municipal e federal e nos últimos cinco anos resolvemos alguns problemas que atrapalhavam a vida do investidor”, disse.

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Adriano afirmou que a atual gestão da Fieac tem se esforçado para eliminar a ingerência política em uma área onde as questões devem ser resolvidas de forma técnica. “Eu fui muito criticado em 2015, no meu primeiro mandato, quando abri as portas para todos os políticos, deixando claro que a Federação estava de portas abertas para o diálogo, confirmando que a relação institucional não tem partido”, diz.


Apesar dos avanços, alguns gargalos, resultados de investimentos que não deram certo nos últimos anos, ainda são uma espécie de fantasma com o qual o governo não sabe lidar. Roberto Vaz questionou o gestor da indústria do governo sobre a Peixes da Amazônia. Assurbanipal admite que o fracasso do negócio foi a gestão do então governo e que ainda não se sabe o que vai ser feito com a estrutura que custou milhões de reais do contribuinte. “O governo hoje é sócio minoritário na Peixes da Amazônia, gerida por um polo de recuperação judicial que não está conseguindo recuperar. Não se tem uma decisão do que pode ser feito, pode ser que a possibilidade seja atrair algum interessado de fora ou mudar o ramo de negócio”, diz.


José Adrian0 corrobora com a ideia de que a gestão do governo foi a grande responsável pelo fracasso da Peixes da Amazônia. “Quando viram que o caminho não era adequado, persistiram no erro. A última palavra não era do empresário e sim do governo, com um pensamento diferente da iniciativa privada”, explica.


Mas nem só de más notícias vive a indústria acreana. De acordo com Assurbanipal Barbary, a integração comercial com o Peru já é uma realidade. “Já é uma realidade. Com a Dom Porquito autorizada a exportar para o Peru se abrem novas possibilidades. Hoje, por exemplo, a empresa abate cerca de 300 animais por dia e não temos toda essa produção, o que faz com que leitões sejam comprados de fora. Vamos ampliar essa produção aqui no Acre e beneficiar mais produtores locais”, diz.


A Zona de Processamento de Exportação (ZPE), outro investimento que nunca funcionou na prática, também foi tema da conversa. A ideia, com a nova legislação, é atrair investimentos e também usar o local como uma espécie de porto seco de comercialização com o Peru. “O modelo anterior dificultava porque obrigava as empresas a vender apenas para o exterior e não para o mercado local. Com a nova lei as empresas também podem atender o mercado nacional, o que torna o espaço mais atrativo e também permite o uso do espaço para outras atividades”, diz Barbary.


Conforme o gestor do governo, o programa de compras governamentais ajuda as pequenas empresas locais, como no caso das malharias que são as responsáveis pela fabricação dos uniformes escolares e estão empregando cerca de 400 costureiras nos principais municípios do estado.


Pelo lado do empresariado, apesar da retomada de crescimento, José Adriano afirma que a capacitação da mão de obra ainda é um grande desafio a ser superado. “A bola está com o setor privado, precisamos alavancar a qualificação profissional para oferecer um produto de qualidade e realizar uma campanha para mostrar essa nossa qualidade e fazer com que a sociedade entenda que pode acreditar na indústria acreana”, finaliza.


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