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Acre teve 322 mil hectares de queimadas em áreas antropizadas em 2022

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O Relatório Executivo Queimadas 2022 no Estado do Acre aponta que em 2022, foram registrados 322.019 hectares ou 3.220 km² de queimadas em áreas antropizadas (áreas já modificadas pela ação do homem), dado cerca de 29% maior que o registrado no ano de 2021, que teve a segunda maior estimativa desde 2005.


O levantamento é produto dos projetos Acre Queimadas e Map Fire e de autoria dos pesquisadores Sonaira S. Silva e Antonio Willian F. Melo, da Universidade Federal do Acre – Campus Floresta; João B. C. dos Reis, Yara Araújo Pereira de Paula e Liana Anderson, do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).

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Na tarde desta quarta-feira, 24, o relatório foi apresentado de maneira virtual, por meio do You Tube, pelos pesquisadores Sonaira Silva, João Reis e Yara de Paula, e nesta quinta-feira, 25, a apresentação será presencial, no Campus Floresta da Ufac, em Cruzeiro do Sul.


De acordo com o estudo, aproximadamente 51% do fogo mapeado em 2022 ocorreu em áreas antropizadas consolidadas, desmatadas antes de 2021. Sendo essas, possivelmente utilizadas para manejo agropecuário (pastagens e agricultura anual ou perene), e 49% em áreas desmatadas em 2021 e 2022 (novos desmatamentos).


Os dados mostram que cerca de 63% das áreas afetadas se concentraram em cinco dos 22 municípios do Estado do Acre: Feijó, Sena Madureira, Rio Branco, Tarauacá e Manoel Urbano. Os municípios que apresentaram maior aumento em área queimada em 2022 em relação ao ano de 2021 foram: Jordão (↑79%), Tarauacá (↑69%), Feijó (↑62%) e Manoel Urbano (↑60%).


Ainda segundo o levantamento, as queimadas ocorreram em diferentes tamanhos de área em função do uso da terra. As pequenas queimadas, em geral, estavam associadas à agricultura familiar (0,5 a 5 hectares) e representaram somente 19% (60.837 hectares) do total da área das queimadas mapeadas.


“Queimadas entre 10 e 50 hectares representaram a maior contribuição, 21%. Identificamos áreas contínuas de queimadas de até 1.194 ha em Rio Branco, na fronteira noroeste com a Resex Chico Mendes”, diz o relatório.


Outra informação do estudo é que a relação com as categorias fundiárias foi realizada com base no mapeamento fundiário do Zoneamento Ecológico Econômico do estado do Acre, atualizado com base do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de 2020 e dados do Ministério do Meio Ambiente 2020.


O relatório também destaca que a maior ocorrência de queimadas foi em terras públicas (37%), seguida por projetos de assentamento (27%), propriedades privadas (25%), unidades de conservação (15%) e terras indígenas (1%) (Figura 2). Em relação ao ano de 2021, todas as categorias fundiárias tiveram aumento da área queimada em 2022.


O Relatório Executivo Queimadas no Estado do Acre vem sendo publicado anualmente, mas os dois projetos responsáveis pelo desenvolvimento dos trabalhos, Acre Queimadas e MAP-Fire, estão sendo encerrados em razão do fim dos financiamentos. Contudo, outros produtos e atividades de pesquisa terão continuidade.


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