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Campeão de queimadas no Acre, Feijó também é o município que mais desmata no estado

Foto: ac24horas.com/Sérgio Vale
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Dados da plataforma Terra Brasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), mostram que o Acre acumula, em 2022, até 14 de outubro, o total de 461,22 km² de avisos de desmatamento detectados pelo Deter – Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real.


O sistema mostra diariamente sinais de alteração na cobertura florestal. Os dados produzidos alertam sobre onde o problema está acontecendo e a sua dimensão. Os alertas diários servem para agilizar e qualificar a fiscalização de órgãos ambientais e policiais para conter a destruição da Amazônia.

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No Acre, os dados do Deter mostram que o município que concentra os maiores índices de queimadas, figurando entre os 10 com os maiores registros no país, é também o que mais desmata. Trata-se de Feijó, na região central do estado, que acumula 88,10 km² de avisos de desmatamento em 2022.


Com relação ao fogo, o banco de dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostra que Feijó detém 21,7% dos focos de calor registrado em todo o estado, em um total de 2.327 detecções feitas pelo satélite de referência AQUA Tarde, da Agência Espacial Americana (Nasa).


Voltando para o desmatamento, a situação que ocorre em Feijó piora a cada ano, assim como ocorre também no estado do Acre, segundo os dados do Terra Brasilis. Analisados os períodos de 1º de janeiro a 14 de outubro dos últimos dois anos (2020 e 2021), é possível perceber o agravamento dos índices para os dois cenários.


Em 2020, nesse período, o Acre teve 409,56 km² de avisos de alertas de desmatamento, segundo a plataforma do Inpe. Em 2021, esse número subiu para 426,36 km². Em 2022, o índice é de 461,22 km². Para Feijó, os números são: 64,50 km² em 2020; 71,89 km² em 2021 e 88,10 km² em 2022.


A pesquisadora Sonaira Silva, da Universidade Federal do Acre, explica que parte dos pontos críticos do estado com relação ao desmatamento estão às margens da BR-364, como é o caso de Feijó, que nos últimos registrou a chegada de muitas pessoas de outros estados atraídos pelo preço mais baixo das terras.


Análise do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) coloca o Acre como o estado que proporcionalmente mais desmata a Amazônia no Brasil. Segundo a entidade, o problema se concentra nas áreas de assentamentos e privadas, onde a expansão da pecuária está no cerne do problema.


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