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Associação de Servidores do Ibama e do ICMBio repudia exoneração de chefia de Resex

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A associação de Servidores e Servidoras do Ibama e do ICMBio (Asibama) no Acre, filiada à Associação Nacional dos Servidores Ambientais (Ascema Nacional), repudiou por meio de uma Carta Aberta, divulgada nesta quinta-feira (30), a exoneração do chefe da Reserva Extrativista Chico Mendes, Fluvio Mascarenhas, ocorrida no último dia 20 de junho.


De acordo com a manifestação, “a medida não tem fundamento técnico algum e nos bastidores da alta administração, cedeu-se a pressões politiqueiras antiambientais que são contrárias à boa gestão na Resex Chico Mendes e em outras unidades de conservação da natureza”.

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A carta classifica a macrogestão do governo federal como um desgoverno nas áreas ambiental, socioambiental, ecológica, indígena, de populações tradicionais, de agricultores familiares, quilombolas, pescadores tradicionais, ribeirinhos e todos os que conservam a natureza.


“Isto é público e notório, inclusive internacionalmente. Entre os inúmeros exemplos, este desgoverno procurou extinguir o Ministério do Meio Ambiente ainda antes de assumir, e só não o fez devido à nossa pressão. O Brasil perdeu os grandes fundos internacionais de apoio à conservação porque o País não é mais confiável em sua gestão e política ambiental pública”, diz outro trecho do documento.


Em outro ponto, os servidores denunciam com veemência PL 6024 de autoria do senador Márcio Bittar e apresentado à Câmara Federal pela deputada federal Mara Rocha com o objetivo de reduzir os limites da Resex Chico Mendes e transformar o Parque Nacional da Serra do Divisor em uma Área de Proteção Ambiental (APA).


“Este PL visa arrancar mais de 22 mil hectares da Resex Chico Mendes e acabar com o Parque Nacional Serra do Divisor, transformando-o em APA, que é o mesmo que desprovê-lo de qualquer proteção legal”.


Por fim, a carta denuncia o projeto de construção da estrada que pretende cortar o Parque Nacional Serra do Divisor ao meio e atingir o entorno de outras importantes terras indígenas e unidades de conservação.


“Uma estrada sem fundamento social, que serviria muito mais, infelizmente, aos traficantes de drogas sabidamente atuantes nesta região fronteiriça com o Peru. O malefício ecológico, socioambiental e etnocultural dessa estrada seria imenso, e torcemos para que este projeto seja definitivamente abandonado”.


A demissão de Fluvio Mascarenhas da chefia da Resex Chico Mendes já havia sido alvo, nesta semana, de nota de repúdio de 7 entidades ligadas ao Meio Ambiente, como o Comitê Chico Mendes e a SOS Amazônia e o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), além de 3 associações de moradores e produtores da Unidade de Conservação.


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