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Em 2021, volume de crédito no Acre cresceu 19,4%

O saldo do volume do crédito do Sistema Financeiro Nacional no Acre, alcançou mais de R$ 114,7 bilhões em 2021, um aumento de 19,4% em relação ao ano de 2020 (R$ 96,2 bilhões). No artigo de hoje vamos comentar aspectos relativos à importância do crédito para ampliar as capacidades de consumo e de investimento na economia. Os dados são do Banco Central do Brasil e estão disponível em seu site, através do endereço eletrônico: https://www3.bcb.gov.br/sgspub/consultarvalores/consultarValoresSeries.do?method=consultarValores.


Como diz Paulo Sandrone, o crédito às pessoas físicas financia a compra de qualquer produto de consumo e até viagens O comprador passa a usufruir imediatamente um bem que será pago com a sua renda pessoal, principalmente o seu salário. Já o crédito às empresas, o chamado crédito à produção, conforme o mesmo autor, baseia-se na suposição de que será pago por si mesmo, isto é, o investimento gerará meios necessários para o pagamento da dívida, dos seus encargos (juros) e ainda sobrará algo para o lucro dos empresários. Nos números do Banco Central estão incluídos os vários tipos de créditos, financiados pelo Sistema Financeiro Nacional (bancos, públicos e particulares, financeiras etc.). São várias as modalidades de crédito: direto ao consumidor, cartões de crédito, crédito imobiliário, crédito à produção, crédito comercial, crédito de investimento, crédito agrícola etc.



No gráfico acima, temos o volume de crédito concedido para as famílias, para às empresas e o total do crédito concedido pelo sistema nos anos de 2020 e 2021. Consta também, os percentuais de variação de um ano para o outro. Destaca-se o crescimento do crédito para pessoas físicas (22,6%), atingindo mais de RS 80 bilhões em 2021. O crédito para as pessoas jurídicas teve um crescimento mais moderado (12,4%), atingindo mais de R$ 34,6 bilhões. O Acre registrou, portanto, um aumento do crédito concedido em mais de R$ 18,6 bilhões de 2020 para 2021, um aumento de 19,4%. Essa expansão, certamente serviu para melhorar o consumo de bens e serviços no estado.


O aumento do crédito foi acompanhado pela queda na inadimplência em 21,4%

A inadimplência é um complicador para o mercado de crédito. A falta de cumprimento das cláusulas contratuais prejudica as concessões futuras por parte das instituições de crédito, além de deixar a pessoa física ou a empresa em débito sujeitas ao pagamento de juros de mora, multas contratuais e outros encargos.


Apesar do aumento do crédito, no Acre, observamos a inadimplência despencar de 2020 para 2021. A queda ocorreu tanto para pessoas físicas (13,3%) e principalmente para as jurídicas (31,8%). A inadimplência total caiu de 2,8% em 2020 para 2,2% em 2021, redução em média de 21,4%, conforme pode ser observado no gráfico abaixo.



No Brasil com um todo, o volume de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) alcançou R$4,7 trilhões em 2021; um aumento de 16,5% no ano, acelerando ante a variação de 15,6% no ano anterior. Vemos, portanto, que o crédito no Acre, cresceu proporcionalmente mais do que no Brasil, como um todo. Conforme o Banco Central, o crédito a empresas variou 11,1%, desacelerando 21,8% em   comparação a 2020. 


O crédito às famílias cresceu 20,8%, acelerando 11,2% em comparação com 2020. 


O crescimento do PIB brasileiro de 4,6% em 2021 melhorou o cenário econômico permitindo uma ampliação do crédito. O Banco central também destaca que o crescimento para as micro, pequenas e médias empresas foi expressivo no ano, mesmo com o fim dos programas emergenciais, graças à melhora do ambiente econômico e a retomada dos programas de incentivo.


No caso do crédito às pessoas físicas, o Banco Central analisa que a expansão ocorreu em praticamente todas as modalidades. Destaca em especial o crédito consignado, que se elevou devido ao aumento do limite de consignação, que foi prorrogado até dezembro de 2021. Porém, verificou-se também um forte aumento das modalidades voltadas ao consumo (como o não consignado e o cartão de crédito, que, por sua vez, indica mais apetite ao risco por parte das instituições financeiras, em um contexto de menos restrições à circulação da população).


Um aumento de crédito, principalmente para investimentos das empresas é muito bem-vindo e é um remédio poderoso para restabelecer níveis de emprego e de renda na economia.



Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas.