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Acre é reprovado no índice nacional de ensino de qualidade

Criador: Johnstocker

Em uma escala de 0 a 10, o Acre não passa de ano em relação ao acesso à educação de qualidade. Segundo o índice de oportunidades da educação brasileira (Ioeb), elaborado pela Roda Educativa (antiga Comunidade Educativa – Cedac), a nota geral do Acre nesse quesito caiu de 4,7 para 4,5 entre 2021 e 2023. O Brasil como um todo, possou apertado, a nota geral do país nesse quesito subiu de 5,0 para 5,1 no período.


Conforme a Rede Educativa, o indicador é feito a partir dos resultados do Censo Escolar e do Sistema de Avaliação da Educação Básica, analisando como as oportunidades educacionais se diferenciam em cada território do país. Para isso, analisa não só os resultados de aprendizagem dos estudantes, mas também os insumos, ou seja, condições da política educacional para favorecer tal aprendizagem. São exemplos de insumos: a escolaridade dos professores; o número médio de horas de aula e experiência dos diretores, e o resultados educacionais, observado a partir do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.


Índice do Acre caiu de 4,7 em 2021 para 4,5 em 2023


No gráfico a seguir temos o comportamento do índice, para o Brasil e para o Acre desde 2015. O indicador é calculado bianualmente pela Rede Educativa. Percebe-se no caso do Acre o estado nunca alcançou a nota 5, tendo uma oscilação no indicador em toda a trajetória do período analisado. A menor nota foi em 2015 (4,2) e a maior em 2021 (4,7).



O Acre e o Rio Grande do Norte possuem o quarto pior índice do Brasil


O Acre está classificado em situação crítica no acesso à educação de qualidade e, com Ioeb de 4,5, possui uma das piores notas. Junto ou atrás de somente, o Rio Grande do Norte (4,5), Pará (4,3), Amapá (4,2) e Maranhão (4,2) – todos eles localizados nas regiões Norte e Nordeste. No gráfico a seguir destacam-se os índices alcançados por todos os estados da Região Norte, onde se percebe que o Acre possuí o terceiro pior indicador da Região.



Apesar de Norte e Nordeste apresentarem os piores índices, a diretora-presidente da Roda Educativa destaca que, pelo menos, houve avanços importantes em alguns Estados. O Nordeste segue liderando quanto aos municípios que tiveram maiores avanços em 2023, com 67% das cidades mostrando melhorias. Já a região Norte apresentou crescimento com 19% dos municípios alcançando variações positivas acima da mediana. 


Brasiléia foi o município acreano com a maior nota (4,9)


No gráfico a seguir temos as notas alcançadas por 18 municípios acreano por ordem decrescente das notas alcançadas. Não estão disponíveis os dados de Acrelândia, Bujarí, Assis Brasil e Santa Rosa. Pelo gráfico percebe-se que 5 municípios obtiveram notas maiores que a do Acre como um todo: Brasiléia, Rio Branco, Senador Guiomard, Porto Acre e Epitaciolândia. Todos os demais apresentaram notas inferiores à média estadual, destaques negativos 3 municípios isolados: Jordão (3,8), Porto Walter (3,5) e Marechal Thaumaturgo (3,4). 


Para balizar as notas dos municípios acreanos, a cidade cearense de Ararendá, localizada na região do Sertão de Cratéus, aparece com a melhor nota entre todos os municípios brasileiros: 7,3. E o município com a pior nota está na Região Norte, Maraã, localizado no interior do Amazonas, a 600 km de Manaus, que atingiu um índice de somente 2,9.



A Rede Educativa esclarece que é preciso compreender que a desigualdade de oportunidades educacionais causa prejuízo não só na vida das crianças, adolescentes e jovens, mas também à gestão pública e à sociedade como um todo. Há um alto valor investido em um estudante que repete de ano uma ou mais vezes. E quando ele ou ela chega a abandonar a escola e não completa o ciclo de escolaridade esperado, isso diminui as chances de um bom trabalho e de sua contribuição para a sociedade.


Os números do Acre chamam a atenção para uma reflexão. É preciso uma atenção especial aos municípios menores, principalmente os que têm menos de 20 mil habitantes, que precisam de mais apoio em termos de colaboração para que as desigualdades educacionais sejam reduzidas no estado.


Uma boa notícia


O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, na terça-feira, 2/4, os resultados de três Indicadores de Qualidade de Educação Superior-2022. Pela primeira vez a Ufac atingiu a faixa 4 do Índice Geral de Cursos (IGC), índice que varia de zero a cinco. Um presente para a UFAC que está, em 2024, comemorando 60 anos de existência.



Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas