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Apaixonados pelo Rio Acre, moradores da Base veem enchente como atração

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Antônio Tenório da Silva, é um ribeirinho contador de histórias que afirma nunca ter adoecido na beira do Rio Acre.


“Nunca adoeci na beira do rio. Já morei em colônias, em terra firme, e adoecia de malária e outras coisas”, diz.

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O pescador é morador do bairro da Base, um dos mais tradicionais de Rio Branco, que talvez seja o mais simbólico local da capital acreana quando se trata da relação de seus moradores com um dos mais históricos rios acreanos.


O morador expressa nas palavras simples o amor que tem pelo bairro e pelas águas do Rio Acre, onde diz haver uma fartura que gera solidariedade.


“Eu gosto daqui, aqui a gente não passa necessidade… você vai aí na boca de um igarapé desses, você pega peixe… eu tenho material aí, pego peixe, vendo ou dou para aqueles que não podem comprar”, relata.


Rosilene Dantas é outra moradora da Base que não esconde o amor pelo lugar onde vive. Com um sorriso espontâneo, ela mostra uma peculiaridade das águas que passam ao lado do bairro: o Rio Acre tem caranguejo.


“Para quem não acredita e diz que caranguejo só tem em água salgada, tem não. Olha aqui, aqui na Base tem a mostra viva de que no Rio Acre tem caranguejo”, diz com um exemplar do crustáceo na mão.


A moradora também fala do seu amor pelo bairro da Base, dizendo que as costumeiras enchentes já são um divertimento, uma espécie de atração dessa época do ano.


“É muito bom morar na Base. Alagação pra gente já é um divertimento. As pessoas vêm, começam a chegar nas beiras de calçada, a tomar uma cervejinha, outras já começam a pescar… e é bom demais”, descreve Rosilene.


Outra personagem de uma história de amor com a Base é o aposentado Francisco das Chagas, o Peba. Depois de ter a sua casa levada por uma enchente,  há mais de 20 anos, ele se mudou para a Estação Experimental, mas volta rotineiramente ao bairro para rever os amigos e matar a saudade do lugar.


“Eu venho pra cá porque tô morando lá em cima e só conheço os vizinhos de vista, então vivi parte da minha vida aqui na Base, aí eu tô aposentado há oito anos e não faço nada na vida, aí eu venho pra cá onde tenho bastante conhecidos e parentes que moram aqui”, conta.


Além da relação de proximidade com o rio, o bairro da Base também é conhecido pela sua afinidade com a cultura, com a contação de histórias, com os eventos de uma das praias mais famosas do estado, pelo comércio da boa farinha, e, por fim, como um dos lugares mais pacatos da cidade.


Parece que na Base a gente volta no tempo.


Assista ao vídeo:

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