Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o presidente da Associação dos Servidores Municipais do Bujari, o gari Antônio dos Santos Pinto, fazendo uma série de acusações contra o prefeito do município, José Edvaldo Teles, o Padeiro.
Durante um evento, Antônio denuncia que os garis não possuem os equipamentos adequados para trabalhar e denuncia assédio moral praticado pelo prefeito. “A gente que é servidor público não tem que baixar a cabeça para o prefeito não. Estamos trabalhando sem fardamento, sem material como enxada, sem copo descartável para beber uma água e a obrigação de resolver esses problemas é dele. O prefeito precisa nos respeitar, ele tem que nos respeitar e não passar pela gente na rua e dizer que a gente tem que trabalhar”, afirmou.
Ao final do vídeo, o gari diz ainda que o prefeito cobra dinheiro dos comissionados. O recurso, no valor de 100 reais por comissionado, iria para a ação social.
A reportagem procurou o prefeito Padeiro que não respondeu às acusações de falta de equipamentos para os garis e assédio moral. Já em relação a suposta cobrança de 100 reais dos cargos comissionados, quem se posicionou foi a primeira dama do município e secretária de ação social, Maria Rocilda Gomes de Lima.
Rocilda confirmou a arrecadação, mas afirmou que se trata de uma ação solidária e voluntária dos cargos comissionados. “Isso não passa de politicagem. Vendo a situação de muitas famílias que passam por dificuldades no nosso município e a gente sabe que os recursos são poucos, eu fiz uma reunião e propus essa ajuda dos cargos comissionados, perguntando quem queria fazer parte. Não é nada obrigado, pelo contrário, ajuda quem quer. Com esses recursos, fazemos um caixa e vamos ajudando as pessoas que precisam. Inclusive, muitos dos cargos comissionados doam a mais do que a gente pede. Aqui é uma gestão transparente, não há nada a esconder e essa contribuição é de forma voluntária”, afirma.
