Cinco famílias estão desalojadas e 9 em monitoramento devido a cheia do Rio Acre

A capital acreana ainda está com cinco famílias desalojadas por conta da cheia do Rio Acre neste início de 2021. O grupo contabiliza cerca de 25 pessoas ao todo. Além destas, outras nove famílias de Rio Branco estão sendo monitoradas pela Defesa Civil Municipal em meio ao risco de inundação do manancial. Nesta terça-feira, 2 de fevereiro, o Rio Acre está marcando 10,76 metros, apresentando sinal de baixa.
As cinco famílias diretamente afetadas pela alagação tiveram de ser removidas das áreas de risco. “Estamos aguardando a movimentação das águas. Algumas [famílias] querem até retornar, mas queremos mantê-las fora dos locais porque são áreas que sempre são atingidas”, explica o coordenador das ações, Major Cláudio Falcão.
Até esse último final de semana, havia 14 famílias com risco de serem removidas de suas casas. Destas, só cinco precisaram sair dos locais. “Agora, nove [famílias] estão em monitoramento porque os alagamentos sempre recuam. Mas estamos assistindo essas famílias com o setor de Ação Social, entregando kits de limpeza e outros insumos que elas necessitam”, afirma o Major.

Na noite deste sábado, 25, um grupo de moradores e comerciantes da Avenida Getúlio Vargas, próximo ao igarapé São Francisco, realizam um bloqueio na via principal cobrando ajuda financeira do poder público devido a cheia do igarapé São Francisco que transbordou ocasionando inúmeros prejuízos.
De acordo com um dos manifestantes identificado por Novas, o ato é pacífico e busca apenas chamar atenção das autoridades. “Queremos uma ajuda, linha de crédito, porque a gente perdeu tudo”, reclamou.
Novas disse ainda que a proposta da Associação Comercial do Acre (Acisa) em fazer a isenção do IPTU e outros impostos não contempla os comerciantes. “Queremos que nos ajude, muitos não tem como recomeçar”, declarou.
O estado do Acre segue com quatro pontos de interdição na tarde deste sábado, 25, após as fortes chuvas que causaram inundação em cidades do Alto Acre, Baixo Acre e Vale do Juruá.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), há uma interdição total e três parciais pela BR-364. No Km 95, na estrada do aeroporto, em Rio Branco, a interdição é parcial, uma vez que há apenas um trecho da rodovia imersa. Lá, o tráfego segue somente a veículos de grande porte e caminhonetes. Ainda não há previsão para liberação da estrada e equipes da PRF estão no local.
No Km 102, nas proximidades do Quinoá, a interdição é total, uma vez que houve rompimento da rodovia. O tráfego foi suspenso e não há previsão para liberação. O Dnit começou neste sábado às obras no local e a previsão para conclusão do serviço é de 3 meses.
De acordo com a PRF, há uma rota alternativa no km 95: Rio Branco > AC-40 > Senador Guiomard > BR-317 > BR-364 (entroncamento, 4 Bocas) > Porto Velho.
No km 142, em Rio Branco, a interdição total, pois há erosão de parte da rodovia no sentido crescente (Ponte do São Francisco). O tráfego foi suspenso, porém segue na faixa decrescente, sinalizada do Km 141 ao 142. Por enquanto, sem previsão para liberação. Há ainda uma rota alternativa pela faixa no sentido oposto.
No km 179, em Sena Madureira, a interdição é parcial, pois há um trecho da rodovia imersa. O tráfego vem ocorrendo somente a veículos de grande porte e caminhonetes. Não há previsão para liberação da via.

Na manhã deste sábado, 25, uma pequena cratera se abriu na Ponte do Custódio Freire, que fica sobre o Igarapé São Francisco, na estrada que dá acesso ao Aeroporto de Rio Branco e ao município do Bujari.
Segundo relatos apurados pela reportagem do ac24horas, o buraco se abriu no sentido bairro/aeroporto e, devido ao risco de agravamento da situação, a passagem de veículos foi interrompida.
Uma equipe da Polícia Militar já está no local e isolou a área.
ASSISTA AO VÍDEO:
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Idoso tenta passar com carro em alagação e é amarrado para não ser levado pela correnteza

O representante comercial Jair Silva, de 35 anos, levou um susto hoje pela manhã ao receber uma ligação avisando que seu pai estava agarrado a um poste de energia na tentativa de não ser arrastado pela forte correnteza do Igarapé São Francisco, que transbordou inundando a Avenida Getúlio Vargas, em Rio Branco.
Segundo informações de Jair, o idoso achou que conseguiria trafegar pela avenida, que está alagada, e acabou boiando na correnteza. Não restando outra alternativa, o homem pulou do interior do veículo e se agarrou ao único ponto que não flutuava no local; um poste de energia.
Funcionários do Instituto de Educação Lourenço Filho flagraram o desespero do homem que, mesmo agarrado ao poste, tinha dificuldade para se segurar diante da correnteza. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas diante da demora, uma mulher que a reportagem não conseguiu identificar pulou na água e amarrou a vítima ao poste até que ele fosse retirado de lá. Mais tarde, com o pai já em segurança, Joel diz ter levado 40 minutos para conseguir amarrar o carro também ao poste.
Já durante a tarde, voluntários com cordas, e carros altos ajudaram na retirada do veículo.
Veja o vídeo:

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