Prefeitos podem sofrer sanção por permitir abertura de igrejas e comércios na faixa vermelha

Sete gestores municipais no Acre podem sofrer sanção do Ministério Público do Estado por não obedecerem ao decreto governamental que impede o funcionamento de estabelecimentos considerados não essenciais no momento de pandemia do novo coronavírus. Um levantamento apresentado pelo G1 do Acre nesta quarta-feira, 8, mostra que Rodrigues Alves, Plácido de Castro, Xapuri, Brasileia, Epitaciolândia, Cruzeiro do Sul e Jordão liberaram encontros religiosos e, algumas, até salões de beleza, academia, entre outros setores, mesmo em situação de emergência, na faixa vermelha, com alta taxa de contaminação.
Os estabelecimentos autorizados a reabrir devem estar subordinados ao último decreto do governo do Acre, publicado no dia 3 de julho, em concordância com o Pacto Acre sem Covid. Até agora, apenas as cidades do Juruá e regional Tarauacá/Envira foram reclassificadas para a bandeira laranja. No entanto, o decreto diz que eventos religiosos em templos ou locais públicos só podem voltar a partir da fase amarela e com capacidade limitada a 30% do total. Barbearias, salões de beleza e academias só podem voltar a funcionar a partir das fases laranja e verde, o que não ocorre em nenhuma das cidades apontadas no levantamento.
O promotor Gláucio Oshiro, da Promotoria Especializada de Saúde, disse que esse descumprimento ao decreto pode acarretar em sanção. Já houve uma reunião com os promotores de cada cidade para alinhar as informações e como as promotorias vão atuar de maneira uniforme. O promotor destacou ao G1/Acre que o primeiro passo é tentar dialogar com os gestores. Caso não haja mudança, os prefeitos podem sofrer ação.
“Cada promotor certamente deve tomar as providências específicas e adotar estratégia particular, ou oficia, ou faz reunião ou ingressa com ação de forma direta. Mas, o que alinhamos é que o decreto estadual tem que servir de diretriz para que os municípios elaborem seus próprios decretos regulamentando as atividades no território”, afirmou.

Depois de participar do início da aplicação da CoronaVac em Rio Branco, o governador Gladson Cameli lança junto ao prefeito Zequinha Lima, em Cruzeiro do Sul, a vacinação na cidade mais importante do Vale do Juruá. Às 17 horas desta terça-feira, 19, inicia a imunização no Posto de Saúde Mão Amiga, no Aeroporto Velho.
Seis pessoas serão vacinadas no ato de lançamento do início da imunização contra a Covid-19. A segunda dose da CoronaVac deverá chegar ao Estado em cerca de 25 dias.
As cinco cidades do Vale do Juruá deverão receber um total de 4.506 doses de vacina contra o novo coronavírus nesta primeira etapa. São 1.304 para profissionais da saúde e idosos e 3.202 para os indígenas aldeados da Regional.

As cinco cidades localizadas do Vale do Juruá deverão receber nesta terça-feira, 19, um total de 4.506 doses da CoronaVac, vacina usada no combate ao novo coronavírus. Destas, 1.304 doses serão para profissionais da saúde e idosos e 3.202 para os indígenas aldeados da regional.
Dos cinco municípios, só Cruzeiro do Sul, que recebe 933 doses, tem idosos em asilos. Para Rodrigues Alves, são 130 doses; Mâncio Lima recebe 118; Marechal Thaumaturgo 68 doses e 55 vão para Porto Walter, somando 1.304 doses do imunizante.
Para as aldeias indígenas, a distribuição será feita da seguinte forma: 327 doses para indígenas de Cruzeiro do Sul , 1.146 para os de Mâncio Lima, 1.349 para Marechal Thaumaturgo, 266 para Porto Walter e 114 para Rodrigues Alves, num total de 3.202 doses.
Segundo a coordenadora estadual do Programa de Imunização, Renata Quiles, todo o transporte será feito por meio de aviões e helicópteros. 50 homens do Grupamento Especial de Fronteira (GEFRON) farão a escolta do produto e vão acompanhar a vacinação.
Em Cruzeiro do Sul, os locais de vacinação serão o Teatro dos Náuas e o campus Floresta da Universidade Federal do Acre (UFAC). Em Mâncio Lima, a secretária de Saúde, Joice Gonçalves, disse que é feita agora uma triagem, já que muitos profissionais atuam em dois locais. “Como tem profissionais que atuam no município e no Estado, estamos fazendo essa triagem”, cita.
Com relação às três aldeias indígenas do município: Puyanawa, Nawa e Nukini, a secretária explica que o município é responsável pelo armazenamento das doses, já a aplicação das vacinas é de responsabilidade do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).
Destaque 4
Com direito a festa, Gladson chega em Rio Branco garantindo vacinação e distribuição na terça

O governador Gladson Cameli chegou na tarde desta segunda-feira, 18, no Aeroporto Internacional de Rio Branco, acompanhado do secretário de saúde, Alysson Bestene, e do procurador-geral, João Paulo Setti, anunciando que a distribuição e vacinação já deve ocorrer nesta terça-feira, 19. As autoridades foram recepcionados por apoiadores que levaram cartazes de apoio ao ato do governo e soltaram fogos em comemoração.
Cameli confirmou que o avião da Força Aérea Brasileira deve chegar ao Acre com as mais de 41 mil doses a partir das 23 horas de hoje. “Assim que chegar, iniciaremos imediatamente a logística de distribuição das primeiras doses para os municípios. Teremos dois helicópteros para levar essas doses para os municípios isolados e coloco até mesmo o mesmo avião à disposição para ajudar na distribuição”, disse o chefe do Palácio Rio Branco.
“Eu estou muito feliz. Pude ver no olhar dos governadores nesta manhã a esperança que todos estão levando para seus Estado. Eu só peço que parem com essa politicagem em torno da vacina. Esse é o momento de salvar vidas. Quero apenas focar nisso para que possamos voltar a vida normal o mais rápido possível”, disse o governador, salientando que poderá tomar medidas duras contra quem não obedecer as medidas de segurança com relação a covid-19.
O voo do governador chegou com pelo menos três horas de atraso após fazer um pouso em Porto Velho devido a forte chuva que castigava Rio Brando desde a manhã de hoje.
Veja a chegada do governador:

A vacina contra o novo coronavírus parece chegar em um momento crucial para o sistema público de saúde do Acre. Os números divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) nesta segunda-feira, 18, mostram que o Acre não está muito longe de um colapso.
No Juruá, por exemplo, não há mais onde colocar um paciente que precise de tratamento intensivo. Todos os 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão ocupados. Se algum paciente apresentar piora no quadro de saúde e necessitar de atendimento em UTI, vai precisar ser transferido para Rio Branco.
Na capital acreana a situação também é de preocupação. No Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), existem 40 leitos de UTI e apenas 3 estão sem pacientes, O que ainda alivia é que existem 8 leitos vagos no pronto-socorro e mais 4 no Hospital Santa Juliana.
Já nos casos dos leitos clínicos, a situação é mais confortável. Das 282 vagas existentes, 137 estão ocupadas, uma taxa de 48,6% de ocupação. Atualmente, existem 220 pessoas internadas em todo o Acre para tratamento da Covid-19. Desse total, 51 estão em leitos de UTI.
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