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Exonerações no comando da Segurança saíram da sede da AME; chancela de Cameli foi para evitar crise no sistema

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Dizem que em time que estar ganhando não se mexe. Essa famosa frase comumente é dita no mundo do futebol. Realmente no universo do futebol essa expressão faz alguma acepção, pode ser que sirva para enlear o adversário ocultando com astúcia as mudanças, e talvez para manter a unidade da equipe de jogadores que se sentem firmes em suas posições. Mas na gestão pública esse adágio não existe.


O que motivou o governador Gladson Cameli a exonerar o comando das polícias militar e civil no mesmo instante em que dar publicidade à redução nos índices de violência em todo o Estado é a pergunta feita nos corredores das secretarias de polícia civil e no Quartel da Polícia Militar e até no banco do famoso Senadinho.

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A Secretaria de Comunicação deve divulgar nota nesta terça-feira (7) afirmando que as mudanças fazem parte da reestruturação em andamento na área de segurança pública. Emenda que pode sair pior do que o soneto.


As exonerações do delegado Rêmulo Diniz da Polícia Civil e do comandante da Polícia Militar, coronel Mário Cesar, de acordo um oficial que pediu para não ter seu nome divulgado, foram definidas semana passada, têm o DNA do vice-governador Major Rocha. “O governador Gladson Cameli apenas chancelou o que já tinha sido decidido na sede da AME”, revelou o oficial.


PARA ENTENDER O CASO

O vice-governador Major Rocha chega em Brasília nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (7) fortalecido. A chancela pelo governador Gladson Cameli as exonerações do delegado Rêmulo Diniz e do coronel Mário Cesar aconteceram a pedido do vice-governador. Os casos tiveram analises diferentes.


A situação de Rêmulo começou a se complicar no dia 30 de janeiro deste ano, quando ele foi afastado da secretaria de Polícia Civil, alvo de uma investigação da Operação Sicário. Diniz foi responsável pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHHP) até o final de 2018.


A renomeação de Rêmulo, silenciosa, sem alarde, noticiada dias após sua reintegração à secretaria de Polícia Civil, era um sintoma claro de que mesmo com o processo contra ele arquivado, o delegado não voltava com força total.


O vazamento nas informações de transferência de delegados feitas semana passada, era o que faltava na avaliação do grupo de assessores do vice-governador para pedir o afastamento de Rêmulo do cargo. O secretário contava com alguns delegados no seu comando.


Durante o programa Fale Com O Governador, no último sábado, dia 4, Major Rocha deixou nas entrelinhas o anuncio que foi oficializado ontem. Ao ser questionado pelos radialistas que apresentam o programa sobre as polêmicas envolvendo as polícias, Rocha pediu o fim do que chamou de “guerra na Polícia Civil pelo bem do Estado”. O vice-governador colocou na cota dessa suposta cisma entre delegados, a baixa resolução nos processos.


No caso do coronel Mário Cesar, a decisão de exoneração saiu após uma reunião na sede da Associação dos Militares do Estado do Acre, a AME, no dia 29 de abril. Alegando ausência de diálogo, as instituições pediram as “cabeças” do comandante da Polícia Militar, coronel Mário Cesar de Freitas, e do atual subcomandante coronel Messias.


A nomeação do subcomandante, segundo Joelson Dias, presidente da AME, foi a gota d’água. O que Dias não revelou é que o nome de Mário Cesar já vinha na corda bamba por conta de outras decisões que o ex-comandante tomou em desacordo com o vice-governador, entre elas, algumas nomeações nas cidades do interior.


A exoneração de Mário Cesar e Rêmulo Diniz foi adiada por conta da agenda internacional cumprida pelo governador Gladson Cameli na Colômbia. Na avaliação de assessores do Major, a canetada sendo dele, criaria uma crise ainda maior nas instituições e prejudicaria o diálogo entre o vice-governador e a base aliada na Assembleia Legislativa, para aprovar, principalmente, a perda parcial de autonomia da Polícia Civil.


Rocha tem agenda nesta terça-feira em Brasília com o ministro Sérgio Mouro, onde deve ser debatida questões relacionadas à segurança de fronteira. Longe da polêmica, quem ficou com a batata quente foi o governador Gladson Cameli.


O clima tenso na Casa Civil durante todo o dia de ontem, de muita correria pelos corredores, levou o cerimonial do Palácio Rio Branco adiar uma promoção de oficiais programada para acontecer no final da tarde, em frente o Comando da PM. O convite era do coronel BM Carlos Batista. O evento deve acontecer quando a poeira baixar.


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