O vereador Manuel Marcos (PRB) foi o deputado federal eleito com menos votos no país. Ele obteve 7.489 em um universo de 547.358 eleitores.
É importante lembrar que a quantidade de votantes nos estados é a razão para a diferença de números. Eduardo Bolsonaro (PSL), por exemplo, filho de Jair Bolsonaro, foi o deputado federal mais votado de São Paulo e de todo o Brasil. Seu desempenho foi de 1,8 milhão de votos, o mais alto para um candidato a deputado federal na história.
Como deputados federais e estaduais são eleitos proporcionalmente, o desempenho do partido nas urnas define o número de cadeiras, portanto candidatos eleitos no pleito. Por uma estratégia errada, Tião Bocalom, que recebeu expressivos 21.782 votos, não foi eleito.
No caso do pastor Manuel Marcos houve uma verdadeira engenharia política na formação da chamada chapinha da Frente Popular que reuniu alguns dos chamados partidos nanicos. Esse grupo de legendas afastou candidatos à reeleição, petistas e comunistas. A estratégia deu certo.
“O modelo político brasileiro permite que se forme coligações, portanto que se alcance o coeficiente eleitoral. Formamos uma coligação com a proposta de eleger um deputado federal, medimos o potencial estimado de votos dos candidatos de oito partidos, disputaram em igualdade, alcançamos juntos o coeficiente e elegemos um deputado federal. Uma prova que em meio a estruturas de campanhas milionárias, o sistema político brasileiro ainda permite que se eleja um representante com estratégia”, disse o secretário geral do PRB no Acre, Diego Rodrigues, um dos cérebros da chamada chapinha.
Outro do Acre que também figura na lista dos menos votados é o pedetista Jesus Sérgio (PDT). Ele é o terceiro com menos votos para a Câmara Federal. Jesus, que atualmente é deputado estadual, recebeu 9.537 votos.
Conforme a nova regra aprovada no Congresso Nacional, os votos dados já a partir das eleições de 2020 serão primeiramente distribuídos apenas entre os candidatos de um mesmo partido, diferentemente do que aconteceu no último domingo quando uma coligação de três partidos funcionou como se fosse uma única agremiação.
Veja a lista em que constam os 10 deputados eleitos com menos votos. Eles são representantes do Acre, Roraima e Amapá, três dos menores colégios eleitorais do país:
AC – Pastor Manuel Marcos 7.489
RR – Joenia Wapichana 8.491
AC – Jesus Sérgio 9.537
AP – Leda Sadala 11.301
RR – Otaci 11.879
RR – Edio Lopes 11.952
RR – Shéridan 12.129
AP – André Abdon 12.856
RR – Nicoletti 12.969
RR – Dr. Hiran Gonçalves 13.299
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