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Hospitais públicos e Unidades de Pronto Atendimento funcionam com alvarás sanitários provisórios no Acre

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Maria das Dores, 43 anos, esperava na ala de avaliação de risco na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito para ser atendida por um clinico geral. Ela sentia dores no abdômen e orava por um remédio para aliviar os sintomas. A dona de casa (que pediu para não ter sua imagem divulgada), moradora do bairro Santo Afonso, não tem ideia se os medicamentos armazenados na Unidade estão de acordo com as exigências da Anvisa.


Imagine essa situação e outra mais graves: será que o paciente internado ao seu lado está sendo bem monitorado sobre o risco de adquirir e disseminar uma infecção?

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A crise da saúde pública no Acre vai além da falta de medicamentos ou de médicos. Todos os Hospitais públicos e UPAs estão funcionando com Alvarás Sanitários Provisórios. E mais: a Comissão Estadual de Controle de Infecção Hospitalar (CECIH) só terá um diagnóstico completo de quem segue as determinações da Anvisa, no final do ano. A Anvisa monitora o tema, engloba no conceito de Infecção associado à Assistência à Saúde (Iras).


No maior hospital do estado, a Fundação Hospitalar do Estado do Acre, onde funciona o Hospital do Clinicas e o Hospital do Câncer, embora não tenha nenhuma denúncia de infecção hospitalar, a luz vermelha foi acessa no dia 24 de março deste ano. A direção administrativa regulamentou o acesso de visitantes às dependências da unidade visando, segundo a superintendente, Juliana Quinteiro, a necessidade de prevenir infecção hospitalar e de proteger os pacientes internados nas enfermarias e UTI. Até a entrada de pastores e religiosos passou a ser mais rigorosa.


Nas Unidades de Saúde Público do interior, a situação é alarmante. No Hospital de Sena Madureira, foi detectado o vazamento de radiação, a exteriorização pode causar danos à saúde dos pacientes. A denúncia foi formalizada pelo Sindicato dos Médicos, que classificou o caso como “gravíssimo”.


Mesmo com a repercussão do caso, segundo a Assessoria do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM), nenhum processo de fiscalização foi encaminhado pelo órgão, que precisa ser provocado para agir.


Segundo reclamação feita aos representantes da entidade médica, a barita, argamassa utilizada para isolar a sala de raio-x, estaria comprometida e não apresenta quantidade suficiente para impedir a contaminação de pacientes e de servidores.


A reportagem do ac24horas fez uma blitz nas unidades de saúde privadas, que em tese, são as mais fiscalizadas pelos agentes da Vigilância Sanitária. Embora a maioria garantisse ter o Alvará Sanitário válido por um ano, apenas a Santa Casa de Misericórdia enviou cópia do documento.



Situação controlada – O gerente de gestão em saúde da Secretaria de Saúde, Moises Viana, recebeu a reportagem para dar maiores esclarecimentos. Ele afirmou que a situação vem sendo acompanhada de perto pelos técnicos da Vigilância Sanitária e que todas as unidades de saúde pública possuem comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH).


“Essas comissões trabalham no controle e orientações para prevenir e evitar a infecção hospitalar”, disse o gestor.


Ainda segundo Moisés, todas as estruturações e adequações solicitadas pela Vigilância são acompanhadas semanalmente e que até o final do ano, os hospitais estarão dentro dos padrões exigidos. Ou perderão os Alvarás, uma vez que, o prazo dado a partir de julho é de até 90 dias para cada unidade se regularizar.


Até a edição desta matéria, a reportagem não obteve resposta da Coordenação Estadual de Infecção Hospitalar, que não repassou os índices de infecção detectados nas unidades públicas de saúde.



“As unidades públicas têm se esforçado para evitar a infecção hospitalar, isso é fato. Mas é impossível erradicar, sempre fica um nível de 3%, as bactérias vão criando resistência. A Vigilância vem acompanhando os procedimentos, dando prazos de adequações, no caso de Sena Madureira, as providências deveriam ter sido urgentes”, disse o Dr. Ribamar


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