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Fiocruz: conflitos ambientais envolvem 64% do Estado do AC

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Desnutrição, piora na qualidade de vida, violência e insegurança alimentar são, no município de Xapuri, apenas um dos oito exemplos de conflitos de injustiça ambiental registrados pelo Mapa de Conflitos Envolvendo Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil, divulgado em 2015 pela Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz). “21 anos depois da morte de Chico Mendes, extrativistas continuam tendo que lutar por seus direitos em Xapuri”, diz o Mapa, citando que os principais grupos atingidos são os agricultores familiares e seringueiros obrigados a conviver com os seguintes riscos e impactos ambientais: alteração no regime tradicional de uso e ocupação do território, desmatamento, queimada, invasão e dano a área protegia ou unidade de conservação.


Dados geográficos iniciais também destacaram diferentes escalas de conflito: eles notaram que em certos estados, como o Acre e o Amapá, conflitos ambientais envolvem quase todos os municípios, enquanto em regiões como São Paulo, há muito menos envolvidos. A maior parte dos casos de justiça ambiental e saúde são rurais, o que pode ser um resultado da extração de recursos e da exploração da terra. “Entretanto, prevê-se que os casos em condições urbanas–despejo de lixo, saneamento, etc.– aumentarão nos próximos anos”, diz o Mapa, que afirma que no Acre os conflitos, registrados em oito pontos, envolvem 64% dos municípios. Isso significa que várias das ocorrências transpassam seus próprios municípios.

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Capixaba, Rio Branco, Sena Madureira, Feijó, Tarauacá, Marechal Thaumaturgo e Cruzeiro do Sul são os sete casos restantes de conflitos de injustiça ambiental, com danos à saúde, no Acre. Em Marechal Thaumaturgo, lembra o Mapa, o povo Ashaninka luta contra madeireiras, biopirataria, violência e invasão de suas terras, no Brasil e no Peru. Esses caso geram impactos e riscos ambientais como alteração no ciclo reprodutivo da fauna, Invasão e dano a área protegia ou unidade de conservação, e biopirataria.


A edição pioneira do Mapa é de 2010 e desde então vem sendo atualizada regularmente. O objetivo do mapa é fortalecer a luta de inúmeras populações e grupos atingidos em seus territórios por projetos e políticas baseadas numa visão de desenvolvimento considerada insustentável e prejudicial à saúde por tais populações, bem como movimentos sociais e ambientalistas parceiros.


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