Terras indígenas no território acreano já tiveram parte de suas áreas sobrepostas por mapeamentos de propriedades rurais inscritas no sistema estadual do cadastro ambiental rural (CAR), mecanismo que tem sido usado na gestão ambiental em conformidade ao novo Código Florestal. Esse é um contexto em que o Acre aparece com o 3º maior volume de sobreposição de terras indígenas, com 779.773 hectares, segundo levantamento da plataforma De Olhos nos Ruralistas – Observatório do Agronegócio no Brasil. Amazonas, Pará e Mato Grosso são os líderes.
Somente no Amazonas, portanto, supostos fazendeiros – entre proprietários rurais e supostos proprietários rurais – informaram possuir, em Terras Indígenas, uma área do tamanho da Suíça. No Mato Grosso, um território equivalente à Bélgica. No Pará, uma área comparável à da Jamaica. Ou a de territórios disputadíssimos pelo mundo, como as Ilhas Malvinas – ou o Líbano.
Há outras questões. Até dezembro de 2016, os proprietários de terra informaram possuir 41 milhões de hectares em áreas embargadas. Ou 5% do território brasileiro. Uma área maior que o Japão, quase o tamanho do Iraque.
Outros dados do Observatório do Agronegócio no Brasil expõem a situação do Acre: Tarauacá e Manuel Urbano estão entre os dez municípios onde há maior sobreposição em terras indígenas.
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