Uma reunião no início da noite desta quarta-feira, dia 02, pôs fim a um grande dilema que pairava sobre a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre): o que fazer com a equipe de Gerência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito de Rio Branco, local em que uma criança de apenas três meses morreu, possivelmente por um erro na hora da medicação.
Desde o dia em que ocorreu o episódio, a secretária de Atenção à Saúde, Marize Lucena vinha sendo questionada sobre como iria proceder. Agora, ela decidiu fazer, de imediato, alterações que entram em vigor a partir desta sexta, dia 04. O ac24horas conversou com a secretária, por telefone, e recebeu a confirmação do ato administrativo.
“Não vamos afastar ninguém. O que estamos fazendo é um remanejamento de chefias. Sai Ana Carla, do 2º Distrito, e entra a Mirtes. No lugar da Mirtes, vai assumir a Ana Carla, lá na UPA da Sobral.”, limitou-se a dizer. A atitude de Marize é uma resposta ao pedido dos familiares do bebê morto.
Segundo informações extraoficiais, a mudança deve ser mantida por pelo menos seis meses, ou pelo período em que a morte da criança estiver sendo investigada pelo Ministério Público Estadual (MPE). Ana Carla Clementino foi acusada pelos pais da criança de não repassar informações sobre o quadro clínico da criança, logo após a morte.
Uma servidora da UPA 24 horas, que pediu para o ter o nome resguardado, afirma que a mudança deve acontecer em todos os setores “de comando” da unidade do 2º Distrito, incluindo as gerências Assistencial e Técnica. “Se é para mudar, tem que mudar logo tudo, porque aqui faltam profissionais, material, medicamentos e no fim das contas, as investigações não dão em nada. Se é para mostrar a verdade, que mostrem, mas que afastem todos”, diz a servidora.
A reportagem não conseguiu contato com a gestora da UPA do 2º Distrito, para que ela comentasse a mudança. O telefone da UPA só dava ocupado até às 11 horas desta quinta-feira, dia 03. Já Mirtes Góis, também por telefone, preferiu não comentar as mudanças, mas afirmou que tudo ainda está sendo analisado, e que uma decisão ainda deve ser tomada pela Sesacre.
