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Sehab diz que não há necessidade de devolução de casas populares na capital

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O esquema de venda de unidades habitacionais da Cidade do Povo e de outros programas habitacionais feito por uma quadrilha desarticulada pela Polícia Civil do Acre durante a Operação Lares teria iniciado no final do ano 2013 e começo de 2014, informou o secretário de Habitação do Estado, Jamyl Asfury.


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Secretário de Habitação diz que não há necessidade de devolução de casas porque negócios não foram concretizados

O caso chegou ao chefe do setor habitacional porque as pessoas pagavam pela casa, mas não recebiam. Foi o acúmulo das promessas não cumpridas pela quadrilha que levou pessoas a denunciarem o caso primeiramente à Sehab.

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O esquema de venda possuía três principais negociadores: uma assistente social, que ocupava importante função na Secretaria de Habitação no setor de cadastro, mantinha contato com uma servidora da Junta Comercial, que por sua vez mediava o negócio com um terceiro envolvido, responsável diretamente pelas vendas. Os valores variavam entre cinco e R$ 30 mil.


O que ocorreu, segundo Jamyl Asfury foram tentativas de negociações. Por isso, não haverá necessidade de devolução de unidades ou novos cadastramentos.


“Foi uma tentativa de negociação. São pessoas que pagaram alguém pra conseguir uma casa e essas casas não foram conseguidas. Aquelas pessoas que pagaram elas estavam ameaçando: a minha casa não chega, não chega. As pessoas que vinham reclamar é exatamente porque não foram contempladas. O questionamento é esse: eles pagaram e não receberam.
O valor era cinco mil reais. No entanto como existiam mais duas pessoas dentro desse processo de fraude, aquela primeira pessoa que fazia o giro na cidade, talvez até oferecia, ela começou a ganhar mais dinheiro do que o restante do grupo. Aí então ela já cobrava dez (R$ 10 mil), cobrou sete (sete mil). Aí há indícios de que haja valor de até R$ 30 mil.”


Os envolvidos não tiveram seus nomes revelados. O secretário de Habitação informou que a trabalhadora da Sehab foi afastada de suas funções. Ele esclareceu que ela não era servidora do quadro do Estado e sim funcionária de uma empresa que presta serviço para o órgão.


Perguntado se há ou houve alguém de sua confiança envolvido no esquema, Jamyl informou que não. Segundo ele, foi o trabalho de sua equipe que evitou que os negócios ilícitos fossem concretizados.


“É uma pessoa especificamente, ela já vinha de outras gestões. Só tem uma pessoa que prestava serviço pra Secretaria. O contato da Secretaria é uma pessoa. Essa pessoa tinha uma função importante. É uma pessoa que já tava há muito tempo lá, que conhecia de todo trâmite. É assistente social também. Essa pessoa que em tese é o alvo eu já afastei imediatamente das atividades de trabalho. Eu não podia afastar da empresa porque aí é uma questão trabalhista. Isso é a empresa que tem que fazer. Mas desde o dia que recebi a informação ela foi afastada definitivamente das atividades, das suas funções”, conclui.


Durante coletiva na manhã desta segunda-feira, 02, a cúpula da Segurança do Acre informou que 40 pessoas já foram ouvidas, entre elas 24 compradores; oito com indícios de participação; além de sete suspeitos de participarem do esquema. Foram cinco mandados de busca e apreensão cumpridos. Todos foram levados à delegacia, onde prestaram depoimento.


Na ação desta segunda-feira, a polícia apreendeu celulares, computadores, e uma vasta documentação que poderá ajudar a elucidar o crime e até mesmo apresentar outras pessoas envolvidas com o esquema.


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