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Bebê nasce morto e família denuncia negligência médica na Maternidade Bárbara Heliodora

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A família de uma gestante, que prefere não se identificar, está revoltada depois que a mulher perdeu o bebê na tarde deste sábado, 2 de janeiro, na Maternidade Bárbara Heliodora, que fica no Centro de Rio Branco (AC). Segundo uma cunhada, a paciente procurou a unidade por três vezes, e, ainda no sábado a criança estava viva, momentos após chegarem ao hospital público, por volta das 12 horas.


“Já era a quarta vez que minha cunhada procurava a maternidade com sangramento e sentindo dores, mas dessa vez, ao ser examinada pelo médico descobriu que o bebê já estava morto. Antes, eles só diziam que era normal sentir dores antes do parto, nas últimas semanas de gravidez. Hoje ela sangrou, mas foi em lágrimas”, lamenta a mulher.

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A denúncia chegou ao conhecimento do ac24horas após relato do deputado estadual Raimundinho da Saúde (PTN).  Esse é mais um caso de suposta negligência médica que pode ter ocorrido na maior maternidade pública do estado do Acre. Em abril de 2015, um fato semelhante também foi noticiado pelo portal.


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O sentimento entre familiares é de “descaso” e “impunidade”. “A gente nem sabe como vai ser daqui para frente. Nós estávamos esperando sair daqui com uma criança nos braços. A gente se preparou para isso. A médica que assinou o atestado de óbito disse que lá que a criança morreu em casa, só que quando a gente chegou aqui, a criança estava mexendo, e depois de esperar, isso não aconteceu mais. Aí disseram que era impressão da mãe, que a criança já estava morta”, conta a cunhada da gestante.


Quando a reportagem iniciou os contatos para entender o caso da mulher, a espera para o procedimento de retirada do bebê já durava mais de oito horas, o que, segundo a administração do hospital, é procedimento estabelecido pelo Ministério da Saúde (MS), através do Sistema Único de Saúde (SUS). Para que a criança fosse retirada, era necessário que a mulher ficasse por pelo menos 24 horas sob efeito de medicação e, se o parto normal não ocorresse, aí, sim, a cesariana seria autorizada.


O fato é que, após contato da reportagem, a cesariana da gestante foi autorizada e a mulher teve de dar à luz a uma criança já morta. O fato deixou a família ainda mais revoltada. “Tudo aqui eles dizem que é um tal de parto humanizado. Dizem que a gente precisa esperar mais um pouco, que está tudo bem. Minha cunhada ficou internada no Santa Juliana uma noite toda. Agora, viemos para cá, e olha o que aconteceu”, diz.


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A família da gestante vai procurar os órgãos de fiscalização das ações governamentais, dentre eles o Ministério Público (MP). Além disso, os familiares, que estão indignados com a situação, vão registrar um boletim de ocorrências contra a equipe médica da maternidade e, ainda, contra a equipe gestora do hospital. O Conselho Regional de Medicina (CRM), também será informado sobre o caso.


Para a Maternidade Bárbara Heliodora, antes de se tomar providencias punitivas é necessário que todos os prontuários da paciente sejam analisados, pois não há, ainda, indícios de que o parto estava programado para o dia 24 de dezembro, como afirmado pela família da grávida.


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