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Secretário acredita que impunidade provocou invasão à delegacia

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O secretário de Polícia Civil do Acre, delegado Carlos Flávio Portela, se pronunciou sobre o linchamento e morte do preso Lucimar Bezerra, de 33 anos, ocorrido na delegacia do Bujari.  O preso era acusado de assassinar a jovem Jardineis da Silva, de 25 anos, e o bebê dela de seis meses.


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O crime macabro ocorrido na zona rural do Bujari revoltou a cidade. Após a repercussão do caso e prisão do acusado, mais de 50 pessoas, algumas delas armadas com facão e foice, invadiram a delegacia local, renderam os policiais que estavam de plantão, espancaram e mataram Lucimar.

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O secretário de Polícia Civil informou que o caso está sob investigação e que os invasores serão responsabilizados dentro da lei.


Ele condenou “o olho por olho dente por dente”, mas também acredita que a população agiu dessa forma por causa do “sentimento de impunidade” gerado por leis brandas em casos de crimes bárbaros como esses.


“A Polícia Civil acredita que bandido bom é bandido preso. Com relação as leis seria muito bom que a população se mobilizasse para que elas mudassem. O Congresso Nacional que é quem pode legislar em relação as essas questões. As polícias prendem muito, mas nós temos um problema de legislação muito grave. Eu acredito sim que pode ter um reflexo da legislação no sentimento de impunidade que as pessoas podem ter com relação as esses fatos.”


Na hora da invasão apenas sete policiais estavam de plantão na unidade. Segundo o delegado o número é o mesmo em qualquer centro integrado de segurança.


“A gente tinha um número adequado de policiais no local. a quantidade de pessoas foi muito expressivo e não deu para fazer a contenção dessas pessoas. Num local ordeiro como é o Estado do Acre você não espera uma invasão dessa magnitude”, afirmou o delegado.


“As pessoas podem responder também por crime de multidão, crime coletivo. Pode diminuir um pouco por causa do clamor, mas vão responder nos termos da lei. Isso a gente não pode aceitar que seja olho por olho dente por dente.”


O corpo de Jardineis Oliveira foi encontrado desviscerado. O autor do crime usou um facão para matá-la. Ela estava seminua, amarrada e ainda com uma incisão na barriga que havia sido costurado. O corpo estava à beira de um córrego, distante 80 km da comunidade onde ela residia na zona rural do Bujari. Já o bebê foi enterrado no quintal da casa do autor do crime.


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