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Revolta dos nanicos revela a desunião da Frente Popular do Acre

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Aqui no Acre faz tempo que o roto tem falado do rasgado. A FPA tem usado nas mais recentes campanhas eleitorais o argumento que a oposição é um saco de gato que não consegue se unir. Mas o que assistimos na semana passada com o bate-boca entre os nanicos e o PT foi uma terrível luta interna na FPA. Os partidos vivem em pé de guerra. Isso não acontece mais escondido. Aliás, em 2013, o processo interno de eleição do PT já tinha mostrado divergências sérias dentro do próprio partido. Também o caso do deputado federal Alan Rick (PRB), convidado a se retirar da coligação e depois chamado de volta, serve para ilustrar essa tese. Mas a competência da FPA é jogar esses problemas no colo da oposição. Afinal, com os milhares de cargos de confiança que possuem entre o atual Governo do Estado e a prefeitura de Rio Branco fica fácil apascentar os ânimos dos divergentes. Para a FPA os seu “quebra paus” são apenas desentendimentos internos passageiros e para a oposição é desunião.


Desentendimentos democráticos
Acho natural que os vários partidos da FPA batam cabeça entre eles. Isso faz parte do jogo democrático. As diferenças ideológicas são enormes. Mas o interessante é que a FPA consegue jogar a desunião no colo da oposição quando os seus problemas internos são muitas vezes ainda maiores.

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Competência
Isso é um atestado de competência da FPA. Vive em pé de guerra interno e consegue vender para a opinião pública a imagem de união. Se a oposição não consegue tirar proveito dessa situação é porque falha na maneira de se relacionar com a opinião pública.


Toma lá, dá cá
Agora, essa briga dos nanicos deixou claro que o atual Governo se mantem através de uma azeitada máquina política. Em contrapartida, são distribuídos os cargos de confiança, pagos com dinheiro público, para se fazer política. Na real, esse “funcionários” nomeados pouco produzem tecnicamente para o Estado.


Mais disputas
Tem um ex-secretário de governo, agora deputado estadual, que quer continuar mandando na sua secretaria de origem. Tem criado problemas para o seu sucessor. Mudou de cargo, mas quer as prerrogativas do anterior.


O direito de cada um
Me contaram que o deputado estadual Manoel Moraes (PSB) fez uma fala na ALEAC na semana passada considerando natural os partidos quererem cargos no Governo. Pena que o critério para a escolha desses nomeados não seja técnica.


Perda de autoridade
Quando um deputado federal eleito pelo voto como Alan Rick baixa a cabeça para um assessor de Governo é porque a coisa está feia. Tudo serenado, cada coisa no seu lugar. E Alan vai continuar a vender a sua imagem de “bom moço”.


O Carioca tem razão
Ideologicamente falando Alan é um político ultraconservador de direita. Está em Brasília para defender os princípios morais da sua igreja evangélica. Tem posições conservadoras em relação a usuários de drogas (na verdade doentes), direitos dos homossexuais e por ai vai. O Carioca, que se julga de esquerda, não deve gostar. E com razão.


Em preparação
Estão colocando a vice-governadora Nazaré Araújo (PT) em bastante destaque recentemente. Como tudo na FPA é calculado estão preparando Nazaré para alguma missão política eleitoral de relevância. Certamente para 2018.


Na moita
O presidente da ALEAC, deputado Ney Amorim (PT), na minha avaliação, também têm sonhos maiores. Ney tem um jeito “meio mineiro” de fazer política. Prefere sempre o caminho da conciliação. O jovem político ainda vai crescer muito. Aguardem.


As cartas nas mangas
Na minha opinião, a FPA, joga com três nomes para 2018, entre a disputa pelo Governo e a segunda vaga do Senado. Nazaré, o prefeito da Capital Marcus Alexandre (PT) e Ney Amorim. A escalação dependerá da atuação de cada um deles nos próximos anos. Mas como o governador Tião Viana (PT) gosta de dizer: “os três estão no game”.


Apelo popular
Uma fonte de Cruzeiro do Sul me contou que crescem os apelos para que o deputado federal César Messias (PSB) seja candidato a prefeito em 2016. Seria o único nome com força política da FPA para enfrentar os candidatos da oposição, Ilderlei Cordeiro (PMDB) e Henrique Afonso (PSDB).


A revolta de Orleir
O empresário Orleir Castro Cameli, conhecido como Bay, anda bravo com o atual Governo. Ele me ligou para dizer que a maternidade de Cruzeiro do Sul está com sérios problemas de atendimento, O filho do falecido ex-governador viveu na carne a experiência de ver a sua esposa Ebi precisar da Maternidade na hora do parto. A experiência não foi boa.


Tudo pelo poder
Observando os mais recentes acontecimentos políticos no Acre e no Brasil cheguei a seguinte conclusão: o PT trabalha para se manter no poder e não para resolver os problemas gerados pela atual crise econômica. Se fosse diferente a presidente Dilma (PT) já teria chamado os partidos de oposição para a tentativa de uma conversão política que amenize os efeitos devastadores desse momento de instabilidade. O mesmo vale para o Acre. A ocasião é oportuna para o diálogo e não para o confronto. O Governo está de pires na mão com sérios problemas financeiros. Mas não perdem a pose e continuam a tratar os adversários políticos como “inimigos”. Pressinto que o final dessa novela poderá ser trágico.


 


 


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