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Presidente do COREN diz que Sebastião Viana “falha” ao administrar saúde pública

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Eis mais um capítulo da novela da vida real que retrata a crise na saúde pública do Acre, um estado governado por um médico. O presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren), José Adailton Pereira, classificou as ações do governador Sebastião Viana, na área de saúde, como falhas.


O chefe de classe afirmou que além da falta de profissionais, falta estrutura necessária o trabalho e, ainda, equipamentos apropriados aos atendimentos. Ele teria visitado, na ultima semana, alguns municípios do estado, e averiguado, de perto, a situação dos centros públicos de saúde.

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“Existem diversos fatores que levam a isso, desde os fatores patológicos, até as condições ambientais, que aí envolve de certa forma condições de trabalho e quantidade de profissionais. Com relação aos profissionais, com certeza, isso não é consequência do trabalho deles. Eles conseguem dar conta do recado”, diz ao comentar sobre a morte de 29 bebês, registradas no mês passado apenas na Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco.


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“Os pacientes chegam e não tem para onde serem encaminhados. O parto que teve na recepção é consequência da falta de leitos para levar lá para dentro.”


José faz crítica também a quantidade de enfermeiros nos hospitais do Acre. Para ele, o governador “falha nesse sentido de não ter uma atenção especial para se ter profissionais em quantitativo “ para atender os usuários. De forma geral, os enfermeiros são “humanos” e os classifica como “salvadores da pátria”, acredita o presidente do Coren.


De acordo com Adailton, a gente pode constatar que “no hospital de Sena Madureira, o espaço para fazer a classificação dos pacientes é na área externa, na beira da rua, na calçada, um local totalmente distante e fora dos padrões. Esse é para ser um setor com privacidade”, acredita o gestor.


O conselheiro comentou sobre o episódio que uma mãe denunciou a falta de luvas no Hospital do Juruá. Segundo profissionais, havia critério para utilizar esse tipo de material, salvo em caso de extrema urgência.


“Nós estivemos em Cruzeiro do Sul na semana passada, extraoficialmente nos foi dito que existe atraso no convenio repassado pelo governo à administração. Centro cirúrgico e de esterilização e não tinha enfermeiro. Há falta de profissionais na enfermaria. Onde era para atender sete pacientes, tava atendendo até 15. A gente não entra nesse mérito”, denunciou Pereira.


O presidente relata que “é assim que, infelizmente, a gente encontra a nossa saúde, a nossa realidade”, e acredita que o “estado vai precisar trabalhar muito” para melhorar os índices e a realidade da gestão de saúde pública estadual.


A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), foi procurada para se posicionar sobre o caso. Foram feitas várias tentativas mas, mesmo após 24 horas de espera, a Assessoria informou que o órgão não se manifestaria, pois ainda não havia recebido nenhum dos relatórios citados pelo presidente do Conselho de Enfermagem do Acre, o Coren. Na contramão, o Coren reafirmou que todas as denúncias já foram repassadas, por escrito, ao órgão gestor.


 


 


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