Conversei com o senador Sérgio Petecão (PSD) que me garantiu que o deputado Jairo Carvalho (PSD) deverá assinar o requerimento da CPI da BR 364, na terça, 19. Segundo o senador os dois tiveram um longo papo neste final de semana e o deputado se convenceu da necessidade de se inserir no grupo oposicionista da ALEAC. Se a notícia se confirmar a oposição terá sete assinaturas, com a retirada do nome do deputado estadual Nelson Sales (PV). Continuará a novela pela oitava assinatura que teria que ser de algum deputado da base governista. Existem pelo menos dois nomes que não andam muito satisfeitos com o tratamento recebido pela Casa Rosada. Se isso vai ser suficiente para que algum deles tenha essa atitude só o tempo dirá.
Dúvida cruel
No entanto, paira uma dúvida se o deputado estadual Nicolau Júnior (PP) irá manter ou não a sua assinatura no requerimento. Alguns governistas garantem que o jovem parlamentar deverá voltar atrás e retirar a sua assinatura.
Bola nas costas
Se Nicolau retirar a sua assinatura irá comprometer o senador Gladson Cameli (PP) que fez um discurso no Senado a favor da CPI. Também comprovará aquilo que entre os jornalistas que cobrem a ALEAC já se comenta. A dúvida em relação a postura de oposicionista de Nicolau.
Discurso confuso
Quando um deputado afirma que apoiará as coisas boas feitas pelo Governo podem ter a certeza que o cidadão flerta com a bancada governista. O papel de um oposicionistas é criticar o que está errado. O que está certo a bancada governista já se encarregará de divulgar.
Coerência
É óbvio que qualquer governo acerta e erra. Mas no plano parlamentar as bancadas têm funções especificas. Imagine se a oposição passar o tempo elogiando as ações governistas e, o contrário, a bancada da base atacando o governo. A gente teria o debate político às avessas.
Lapso de memória
O deputado Jairo Carvalho falou que a oposição é desorganizada e não havia informado a ele sobre a CPI da BR 364. Mas há um mês o senador Petecão teve uma reunião com a bancada de oposição na ALEAC justamente para tratar sobre a CPI da BR 364. Jairo participou da reunião.
Disputa entre tucanos
O diretório do PSDB de Cruzeiro do Sul andou em pé de guerra neste final de semana. Teve a eleição do seu diretório muito disputada. Os dois grupos coordenados pelo empresário Marcelli Tomé (PSDB) e pelo vereador Romário Tavares (PSDB) se enfrentaram.
Quem levou a melhor
O candidato de Marcelli era o jornalista Edson de Paula. Já Romário queria o advogado João Tota Filho como presidente regional. Ao final, Edson de Paula foi eleito presidente em Cruzeiro do Sul. Essa disputa já reflete a que acontecerá entre as forças de oposição no município em 2016.
Caciques de olho
O candidato derrotado ao Governo, Márcio Bittar (PSDB) apoia Romário. Já o deputado federal Major Rocha (PSDB) nunca escondeu sua preferência por Marcelli. Na primeira queda de braço Bittar levou a pior.
Candidatura própria
O grupo de Marcelli advoga que o PSDB deve ter um candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul. O próprio empresário é pré-candidato. A impressão que fica é que o outro grupo aceitaria compor dentro da oposição.
Assistindo de camarote
Enquanto a oposição se fustiga a FPA só assiste. Como ainda não tem candidato em Cruzeiro do Sul podem esperar para ver qual será o quadro da disputa. Se a oposição sair com várias candidaturas, numa eleição de um turno só, a FPA tem chances de vencer.
Candidatura preferencial
Confirmada a filiação de Henrique Afonso ao PSDB vai haver pressão para que ele seja candidato a prefeito em Cruzeiro do Sul. Ele ainda não se decidiu se vai encarar a missão. Mas se for é um nome forte, sem dúvidas.
O Papel pega tudo
Fiquei espantado com algumas manchetes de jornais no final de semana afirmando que o Acre servirá como modelo econômico para China, Estados Unidos e Alemanha. Coincidentemente os três países mais poderosos do planeta utilizando o nosso modelo para crescerem ainda mais. Será que nesses países estão com problemas também de estradas esburacadas e fornecimento deficiente de energia? Esse tipo de divulgação tem exatamente o efeito contrário do que o esperado. Só faltam avisar quando os presidentes das três potencias virão fazer uma visita ao Acre. Acho muito bom viver no Acre por milhares de motivos. Rios, florestas, diversidade biológica, povo amável, entre outras vantagens que quem vive no “Primeiro Mundo” não conhece. Mas achar que o Estado é um exemplo de crescimento econômico só se eu tivesse perdido o juízo.
