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Homem morre após servidor do Samu negar atendimento, denuncia família

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Screenshot_2015-02-08-01-01-53-1A família do aposentado Francisberto Fidelis da Silva, de 47 anos, que morreu após suposta omissão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), acontecida no último sábado, 7, em Rio Branco (AC), procurou o  ac24horas, nesta segunda-feira, 9, para denunciar o caso.


Ao ser acionado pelo número de atendimento 192, o atendente do Samu teria informado à mãe do aposentado que não era obrigação do órgão encaminhar uma viatura com paramédicos para o Bairro Cadeia Velha, localidade em que o usuário do serviço de saúde se encontrava, desacordado. O servidor do Sistema de Atendimento, segundo a família, orientou que fosse chamado um taxi para levar o doente até o Pronto Socorro.


De acordo com os familiares de Franciberto, ao menos cinco tentativas de solicitação da ambulância foram feitas, mas o atendente afirmava, redundantemente, que não era a função da instituição socorrer o aposentado que teve cinco paradas cardiorrespiratórias em poucos minutos.

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Heliana da Silva Marino, de 37 anos, cunhada da vítima, conta que o homem começou a passar mal por volta das 23h30 da noite do último sábado, 7, com problemas respiratórios e muita dor no peito.  A família começou acionar o Samu logo que perceberam os sintomas, mas em nenhuma delas foi atendida.


Preocupados com o estado de saúde do homem, que já estava caído no chão, os familiares abordaram uma viatura de polícia que passava pela Rua Epaminondas Jácome, no Bairro Cadeia Velha. Somente após a abordagem, os policiais fizeram contato com Samu e, enfim, uma ambulância foi disponibilizada pela instituição.


Gravações disponibilizadas ao ac24horas mostram que o atendente voltou a afirmar que não seria responsabilidade do Samu atender a ocorrência, mas por conta da “tranquilidade do plantão” daquele diz, uma unidade de atendimento seria enviada à residência do aposentado.


Tarde demais. Dali a pouco, Franscisberto já não poderia mais contar com o auxilio dos médicos para resolver e estabilizar o quadro de saúde do paciente. “Ele morreu após sofrer cinco paradas cardíacas num curto estágio de tempo”, conta Heliana. Segundo familiares, os médicos ainda tentaram reanimar Francisberto por três vezes, mas não foi o suficiente para manter a vida do aposentado.


Procurada, a coordenadora-geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), na capital, disse que considera “inadmissível” a postura do servidor e que o funcionário seria “punido”. Ainda segundo a chefe, todos os atendentes são orientados constantemente sobre os procedimentos ideais, e explicou que a conduta não reflete a prática do sistema.


“Como coordenadora não apoio em hipótese alguma a postura do nosso atendente. Ele será punido. Não pode ser dessa forma. Tem que mandar a ambulância, sim. Só quem pode dar opinião sobre o atendimento é o médico, e nós não identificamos o médico opinando, mesmo assim, estava pesquisando no nosso sistema, também, se há outras ligação da família”, comentou a chefe do Samu.


Em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), a informação é que o órgão somente tomou conhecimento dos fatos, após contato do ac24horas. De pronto, segundo a Assessoria, tanto o Huerb, quanto o Samu, foram procurados para apurar o que havia realmente acontecido.


Ainda de acordo com a Sesacre, assim como a família de Franscisberto, todos os cidadãos que se sentirem prejudicados pelo atendimento dos serviços médicos do Acre, devem denunciar o caso através do telefone 0800-647-0404. A ligação é gratuita, e a Sesacre promete solucionar os problemas.


Esta reportagem foi produzida através da indicação de um leitor do ac24horas. Se você tiver uma denuncia, crítica ou sugestão, mande e-mail para a nossa redação: contato.ac24horas@gmail.com


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