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Biometria: a grande derrotada nas eleições do Acre em 2014

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Aquilo que parecia uma solução para fraudes eleitorais se tornou um pesadelo e um transtorno para os eleitores acreanos. O sistema de biometria implantado pelo TRE-AC mostrou ser ineficiente. Provocou filas enormes nas sessões eleitorais e atrasou por mais de uma hora a apuração dos votos no Estado. Segundo informação dada pelo próprio TRE no último dia 5, eram já 21hs e, milhares de pessoas ainda estavam em filas para votar. Não foram poucos os casos em que as digitais dos eleitores não eram identificadas pelas máquinas. Em outras situações o eleitor chegava e quando colocava as digitais aparecia como se já estivesse votado. O pior que isso aconteceu no maior colégio eleitoral do Estado, Rio Branco. Provavelmente a espera e a dificuldade de votar deve provocar no segundo turno uma abstenção ainda maior do que no primeiro. Quem viveu o pesadelo de votar na Capital pode desanimar e preferir pagar a multa de poucos mais de três reais.


Contraditório
Apesar dos transtornos a abstenção no Acre, em 2014, foi de 17% contra 22% em 2010. No primeiro turno da eleição passada teve o fator chuva forte. Assim as abstenções maiores naquela  eleição aconteceram no interior do Estado.

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O outro lado
Conversei com o vice-presidente e corregedor do TRE-AC, desembargador Samuel Evangelista. Ele também é papiloscopista, especialista em impressões digitais. Ele atribuí à idade das pessoas e a algumas profissões os desgastes das impressões digitais o que acaba criando problemas de identificação.


Medidas para os segundo turno
Samuel Evangelista me afirmou que não haverá mais necessidade dos eleitores assinarem a folha como aconteceu no primeiro turno. “Se a identificação é feita pelas digitais não tem necessidade e isso poderá reduzir o tempo de votação”.


Problema generalizado
Se serve de consolo, os problemas da biometria aconteceram em todos os colégios eleitorais brasileiros aonde foi instalado o novo sistema. Algo que não dá pra entender porque o sistema tradicional de urnas eletrônicas sempre funcionou bem.


Disputa administrativa
O Conselho Regional de Administração terá eleições nesta quarta, 15. Concorrem à presidência do CRA-AC Marcos Clay, João Coelho e João Evangelista. Depois ter se separado da entidade de Rondônia o CRA-AC adquiriu importância social e política no Acre.


Nova virada?
A eleição presidencial está impossível de fazer prognósticos. A Rede Record divulgou pesquisa que mostra Dilma (PT) na frente por 1%. Mesmo o DataFolha e o Ibope apresentaram pesquisas com empates técnicos. Acredito numa disputa voto a voto entre a petista e Aécio Neves (PSDB).


Debates decisivos
Como a disputa presidencial está emparelhada os debates televisivos que começam nesta terça, 14, serão decisivos. Aliás, foram nos debates que Aécio conseguiu a sua virada. Não acredito mais na disparada de nenhum dos dois candidatos.


Nem sempre a mídia dá votos
Alguns colegas jornalistas disputaram as eleições no Acre e tiveram votações pífias. Edvaldo Sousa (PSDC), Lenilda Cavalcanti (PP), Washington Aquino (PC do B), Astério Moreira (PEN), Andrade (PRB), Salomão Matos (PP), entre outros.


Decisão difícil
O problema é que um jornalista que opta pelo caminho das urnas nem sempre volta ao trabalho com a mesma credibilidade. Mas a moeda tem outro lado. Alan Rick (PRB) e Eliane Sinhasique (PMDB) conseguiram se eleger para federal e estadual.


Canto da sereia
A debandada do ninho tucano no segundo turno tem sido grande. O vice de Cruzeiro do Sul, Mazinho Santiago (PMDB) migrou para a FPA. Agora, o vice de Brasiléia, Jorge da Fazenda (DEM), seguiu o mesmo caminho para apoiar Tião Viana (PT).


A metralhadora giratória da Missionária
No programa O Povo no Rádio de segunda, 13, a deputada federal Antônia Lúcia (PSC) desabafou. Desqualificou o Bocalom (DEM) e afirmou que o Márcio Bittar não está preparado para governar. Anunciou neutralidade na disputa no Acre.


Ninguém se salva
Desancou o deputado federal eleito, César Messias (PSB) e, salvou a pele de Angelim (PT). Mas admitiu que teme que o ex-prefeito de Rio Branco não atenda os anseios dos eleitores evangélicos na Câmara Federal. A deputada vai apoiar só Aécio Neves e ponto final.


A “neutralidade” de Marina
A presidenciável derrotada Marina Silva (PSB), que teve 22 milhões de votos, não vai declarar voto no Acre. Mas como seu marido Fábio Vaz tem ligações estreitas com a FPA acredito que Marina deva torcer intimamente por Tião Viana.


O teto da Jaguatirica
Em 2010, Marina conseguiu 20 milhões de votos. Em 2014, conseguiu aumentar mais dois milhões. Nada de extraordinário para quem parecia que venceria as eleições no primeiro turno depois da comoção da morte de Eduardo Campos.

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Profeta na sua terra
A boa notícia para Marina foi a vitória no Acre. Realmente ela conseguiu a admiração de milhares de novos eleitores no Estado. Acho que finalmente entenderam a importância política da ex-senadora para o Brasil.


Lula aqui
Mesmo com a visita do ex-presidente Lula (PT), ao Acre, nesta quinta, 16 acredito que Aécio vença no Estado. Isso já é uma tradição. Mas Lula vai ajudar a campanha de Tião Viana. Os votos por aqui não são muito ideológicos.


Contraponto
Lula vem para ajudar Viana e, Aloysio Nunes (PSDB), vice de Aécio, chega no sábado, 18, para incrementar a campanha de Bittar. Mas a visita do senador será apenas à Cruzeiro do Sul por conta dos problemas no aeroporto de Rio Branco.


Ondas quebram na praia
Definitivamente acompanhando as informações das eleições presidenciais não acredito mais que haverá uma onda azul, como a onda vermelha de Lula, em 2002. A disputa será muito acirrada até o dia das eleições. E nem sempre a criação de uma onda garante a eleição de candidatos ao governo. Em 2002, trabalhei nas eleições do Distrito Federal. Roriz (PMDB) era o favorito. Com a subida de Lula, o então desconhecido Geraldo Magela (PT) levou a eleição no DF para o segundo turno, mas perdeu. Enquanto isso, em Goiás, no mesmo ano, Marcondes Perillo (PSDB) conseguiu a sua reeleição. E olha que Lula venceu a eleição nos dois estados. Na realidade a disputa presidencial se difere da governamental por questões regionais pontuais. Portanto, quem quiser vencer a eleição no Acre que corra atrás dos eleitores. A disputa nacional irá interferir muito pouco no resultado por aqui.


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