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No Senado, Aníbal repudia violência que causou morte de jornalista

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“Não é mais possível tolerar tanta violência nas manifestações”, disse o senador Aníbal Diniz (PT/AC) da tribuna do Senado na tarde desta terça-feira, 11, para manifestar sua indignação com a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, vítima de um rojão disparado contra sua cabeça por um jovem durante manifestação realizada na semana passada. Santiago teve morte cerebral registrada ontem e ontem mesmo a polícia do Rio de Janeiro divulgou o nome dos suspeitos pelo crime.


“Trata-se de um jovem de 23 anos, que, de modo deliberado, acendeu, em um espaço público, um artefato que poderia ferir e matar, o que, de fato, aconteceu”, disse o parlamentar acreano. “Estamos todos estarrecidos”, completou.

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Diniz disse que não é possível tolerar a violência extrema apresentada durante as manifestações, bem como as brechas legais que hoje permitem que pessoas possam ser presas com artefatos letais e soltas em seguida, como foi o caso do jovem que passou o rojão para o suspeito.


“Acreditamos que a morte trágica do cinegrafista Santiago Andrade precisa levar todos nós, parlamentares, integrantes do Poder Executivo e do Judiciário e a sociedade de um modo geral, a fazermos uma reflexão severa para conter uma escalada rumo à barbárie.”


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O senador lembrou que desde o início dos protestos realizados nas ruas, em junho do ano passado, não havia sido registrada uma tragédia tão concreta. Entretanto, ele garante que já havia os indicadores de que a violência tomava proporções que ameaçam seriamente desvirtuar o caráter legítimo de protesto contra os serviços prestados de transporte, saúde pública e educação.


O petista relatou que em artigo na Folha de S.Paulo desta terça-feira, o presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, José Roberto de Toledo, lembra que, até a morte de Santiago Andrade, haviam 117 casos de ataques em manifestações, 108 envolvendo jornalistas. Santiago é a 109ª vítima, a primeira fatal, de uma onda de violência contra jornalistas iniciada com as manifestações de protesto em junho de 2013. Ele faz um alerta verdadeiro: “Nada indica que será o último”.


Aníbal Diniz lembra que o Senado Federal discute projeto que tipifica esse tipo de agressão e apresenta uma forma de punição mais severa para quem participa de atos públicos, de manifestações, com o objetivo principalmente de ferir pessoas. “


“No que diz respeito ao criminoso que praticou ato de tamanha violência e de vilania ao tirar a vida de um profissional em pleno exercício do seu labor, do seu trabalho, da sua missão de bem informar, realmente, o culpado tem que ser severamente punido de acordo com a lei. E é preciso, sim, tentar encontrar um caminho de tipificar de maneira explícita, correta, inequívoca o enquadramento que essa pessoa deve ter, qual o crime exatamente pelo qual essas pessoas devem responder.”


Ainda em seu pronunciamento, o senador acreano argumenta que não se pode admitir que jornalistas que estão atuando simplesmente para que a transparência pública aconteça, estão atuando para que a sociedade possa estar informada de todos os atos, que esses profissionais sejam vítimas de vândalos, de bandidos, de assassinos que se infiltram no meio dos movimentos para tomar atitudes de extrema radicalidade. “São verdadeiros extremistas que estão aí para criar a balbúrdia para inclusive deslegitimar movimentos que são legítimos, a partir desses atos de violência.”


 


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